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Oriente Médio

Israel pode atacar Síria se rebeldes conseguirem armas químicas

27 jan 2013 - 13h04
(atualizado às 13h32)
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Qualquer sinal que indique que a Síria está perdendo o controle sobre suas armas químicas em sua luta contra rebeldes armados pode desencadear ataques militares israelenses, disse o vice-premiê israelense neste domingo.

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Silvan Shalom confirmou relatos da mídia que afirmam que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou na semana passada uma reunião de chefes de segurança para discutir a guerra civil na Síria e o estado de seu suposto arsenal químico.

Israel e países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) dizem que a Síria tem estoques de armas químicas em quatro locais. A Síria é cautelosa sobre a veracidade dessa acusação mas diz que se realmente tiver armas químicas, mantém-nas seguras e as usa apenas para afastar ataques estrangeiros.

A reunião israelense na quarta-feira não foi publicamente anunciada e foi vista como incomum já que ocorreu ao mesmo tempo em que os votos da eleição parlamentar realizada no dia anterior eram contados. O pleito foi vencido pelos partidos da base de Netanyahu com uma margem estreita.

Se as guerrilhas do Hezbollah do Líbano ou rebeldes que batalham forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, obterem as armas químicas da Síria, Shalom disse a uma rádio israelense: "Alteraria dramaticamente as capacidades destas organizações".

Esse desenvolvimento representaria "a ultrapassagem de todos os limites que exigiria um enfoque diferente, incluindo até mesmo operações preventivas", disse ele, aludindo a intervenção militar para as quais generais israelenses afirmaram ter planos preparados.

"O conceito, em princípio, é que essa (transferência de armas químicas) não pode acontecer", disse Shalom. "O momento em que começarmos a entender que algo como isso pode acontecer, teremos de tomar decisões".

Pronunciando-se a seu gabinete no domingo, Netanyahu disse que pretende formar "o governo mais amplo e mais estável possível para, primeiro de tudo, responder as significativas ameaças de segurança que enfrenta o Estado de israel". Netanyahu pode enfrentar difíceis negociações de coalizão com facções representando setores amplamente diferentes da população.

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