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Oriente Médio

Israel pede que comunidade internacional seja mais dura com o Irã

6 abr 2013 - 16h46
(atualizado às 16h55)
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O ministro israelense encarregado de monitorar o polêmico programa nuclear do Irã pediu neste sábado que a comunidade internacional tenha "uma postura mais firme" após o fracasso das últimas negociações entre Teerã e as grandes potências, realizadas no Cazaquistão.

"É tempo de o mundo assumir uma postura mais firme e dizer aos iranianos de forma inequívoca que a farsa das negociações está a ponto de chegar ao fim", declarou Yuval Steinitz, ministro de Assuntos Estratégicos, em um comunicado.

"Israel já alertou que os iranianos utilizam as rodadas de negociações com o objetivo de ganhar tempo a fim de que o enriquecimento de urânio avance para que obtenha uma arma nuclear", acrescentou.

"Sem uma ameaça tangível e significativa, incluindo um calendário curto, claro e definitivo, não será possível desmantelar o programa nuclear" iraniano, considerou o ministro israelense.

Após dois dias de intensas negociações no Cazaquistão, os países do grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China - mais a Alemanha) e o Irã não avançaram neste sábado nas negociações sobre a questão nuclear.

Catherine Ashton, a representante da diplomacia europeia que dirige as negociações para as grandes potências, reconheceu que as posições continuam "muito distantes" e que não há sequer um acordo a respeito de um próximo encontro.

As potências ocidentais e Israel suspeitam que o Irã tente fabricar a arma atômica sob pretexto de desenvolver um programa nuclear civil, algo que Teerã nega. A ONU puniu esse programa com medidas que foram reforçadas unilateralmente por um embargo bancário e petroleiro da União Europeia e dos Estados Unidos.

Enquanto as autoridades israelenses ameaçam efetuar um ataque contra as instalações nucleares iranianas, o presidente americano, Barack Obama, estimou, em março, que o Irã pode produzir a arma nuclear em "pouco mais de um ano", indicando que não pretende, "evidentemente", esperar até "o último momento".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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