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Oriente Médio

Israel nega acordo sobre criação de Estado palestino

"Tal coisa nunca aconteceu", disse o gabinete do líder israelense, em um comunicado oficial. Afirmação havia sido feita por Mahmoud Abbas, nesta quinta-feira

28 ago 2014 - 19h06
(atualizado às 19h20)
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<p>Netanyahu negou, nesta quinta-feira, a afirmação de que teria aceitado o estabelecimento de um Estado palestino por volta de 1967</p>
Netanyahu negou, nesta quinta-feira, a afirmação de que teria aceitado o estabelecimento de um Estado palestino por volta de 1967
Foto: Gali Tibbon / AP

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou, nesta quinta-feira, a afirmação de que teria aceitado o estabelecimento de um Estado palestino de acordo com as fronteiras estabelecidas em 1967. "Tal coisa nunca aconteceu", disse o gabinete do líder israelense, em um comunicado oficial. A afirmação havia sido feita pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, também nesta quinta.

Em declarações no palácio presidencial da Muqata de Ramala divulgadas pela agência de notícias Maan, Abbas comentou que Netanyahu "afirmou diante de mim que aceita o Estado palestino e que só resta detalhar os limites das fronteiras". "O primeiro-ministro de Israel aceitou o estabelecimento do Estado e me disse que pela frente só resta que os negociadores delimitem, em detalhes, as fronteiras de 1967", acrescentou Abbas.

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"Não aceitaremos que a negociação seja parcial (...), mas um acordo global sobre as fronteiras", advertiu Abbas, para quem "Israel é o único país do mundo que não tem fronteiras delimitadas".

No entanto, horas depois que essa informação foi revelada, o gabinete de Netanyahu enviou um comunicado oficial negando o acordo. 

Na entrevista divulgada pela agência de notícias, Abbas revelou ainda que o principal negociador palestino, Saeb Erekat, e o chefe dos serviços secretos, Majid Farrah, devem se reunir na próxima semana com o secretário de Estado americano, John Kerry, para dar-lhe detalhes desta conversa passada e dos futuros passos.

"Esperaremos um dia, uma semana ou um mês e, se houver acordo, seremos livres em nosso território, mas não vamos esperar 20 anos nem que Israel possa lançar uma guerra a cada dois anos", ressaltou o líder palestino.

Na última terça-feira, Israel e as autoridades palestinas chegaram a um acordo de cessar-fogo de longo prazo. Os conflitos, que já duravam 50 dias, deixaram mais de 2.100 palestinos mortos, dos quais a maioria era civil. Ao todo, 69 israelenses morreram e apenas três não eram soldados.

Com informações de agências internacionais.

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Fonte: Terra
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