Israel não vai esperar consentimento para atuar contra o Irã
11 set2012 - 09h17
(atualizado às 10h51)
Compartilhar
A comunidade internacional não pode pedir a Israel que espere para agir contra o Irã se não impõe limites a Teerã em seu programa nuclear, afirmou nesta terça-feira o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
"O mundo diz a Israel que ainda há tempo. Eu respondo: tempo para quê, tempo até quando?", questionou Netanyahu durante uma entrevista coletiva com o premier búlgaro Boiko Borissov em Jerusalém.
"Aqueles da comunidade internacional que se recusam a fixar limites ao Irã não tem o direito moral de impô-los a Israel", advertiu Netanyahu."O fato é que a cada dia que passa, o Irã está cada vez mais perto da bomba nuclear. Se o Irã sabe que não há limites ou prazo máximo, o que fará? Exatamente o que está fazendo: continuar sem qualquer interferência para obter capacidades nucleares e, a partir daí, bombas atômicas", completou Netanyahu.
Estados Unidos e Israel divergem no momento a respeito da questão. Na segunda-feira, o Estado hebreu exigiu do aliado que estabeleça "linhas vermelhas claras" a Teerã para impedir a produção de armamento nuclear, mas Washington negou o pedido.
Depois do anúncio do regime sírio de que possui armas químicas, o governo israelense aumentou a distribuição de kits de emergência com máscaras de gás. O temos de Israel é que esses armamentos caiam nas mãos do Hezbollah. Na imagem, pessoas aguardam em fila para receber os kits de emergência um ponto de distribuição em um shopping em Mevasseret Zion, perto de Jerusalém, nesta terça-feira
Foto: Reuters
Segundo oficiais de defesa israelenses, o governo sírio ainda mantém sob controle os estoques de armas químicas, em uma aparente tentativa de acalmar os temores de que um conflito não-convencional poderia ser iminente. Na imagem, uma mulher carrega vários kits com máscaras de gás
Foto: Reuters
A preocupação de que as armas químicas possam cair nas mãos do Hezbollah, fez com que o governo passasse a distribuir máscaras de gás
Foto: Reuters
A distribuição tem sido feita ao longo dos últimos anos como parte de uma preparação maior de Israel para um possível confronto com o Irã por causa de seu programa nuclear
Foto: Reuters
A União Europeia se negou a incluir o Hezbollah em sua "lista de organizações terroristas". O pedido foi pelo Estado de Israel após o atentado contra israelenses de 18 de julho na Bulgária