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Oriente Médio

Israel limita acesso a mesquitas após semana de violência em Jerusalém

18 set 2015 - 04h26
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Israel está limitando o acesso dos muçulmanos à Esplanada das Mesquitas nesta sexta-feira, dia tradicional de descanso e oração para o islã, após uma semana de tensão, com graves distúrbios no local sagrado.

A polícia israelense tinha previsto hoje aumentar o número de efetivos em torno da Esplanada, com o temor de que possam ocorrer incidentes de desordem ao termino da oração islâmica.

De acordo com a restrições de acesso imposta hoje, não poderão entrar na Mesquita de al-Aqsa, a principal do santuário de Jerusalém, os homens muçulmanos menores de 40 anos, detalhou a polícia israelense em comunicado.

A última vez que Israel restringiu o acesso à Esplanada foi há um mês e meio, após o assassinato do bebê palestino Ali Dawabshe em um crime atribuído a radicais judeus, quando a polícia decidiu somente autorizar os homens com mais de 50 anos e as mulheres de qualquer idade.

Na Esplanada das Mesquitas ficam a Cúpula da Rocha e a Mesquita de al Aqsa, o terceiro lugar mais importante na hierarquia do islã, chamado de o Nobre Santuário. O local também é sagrado para a tradição judaica, na qual é conhecido como Monte do Templo, pois ali ficavam os antigos templos de Jerusalém.

O Santuário vem sendo cenário de duros enfrentamentos entre as forças de segurança e jovens muçulmanos ao longo da semana.

Líderes palestinos alertaram sobre as consequências em todo mundo árabe e muçulmano, caso os distúrbios continuem na Esplanada, e responsabilizam Israel de autorizar "provocações", como a entrada de visitantes judeus no recinto, que fica em território ocupado após a guerra de 1967.

Os não muçulmanos podem visitar a Esplanada, mas os judeus estão proibidos de rezar ou exibir símbolos nacionais no local, pois isto pode provocar ainda mais tensão com os muçulmanos.

Os recentes distúrbios se iniciaram no domingo passado, véspera da celebração do ano novo judaico e, durante três dias consecutivos, as forças de segurança israelenses entraram no recinto para dispersar jovens muçulmanos que atiravam pedras ou tentavam impedir a entrada de judeus no local.

Um gabinete interministerial israelense decidiu na terça-feira adotar uma série de medidas para endurecer as penas e os meios empregados para dispersar manifestantes palestinos que atirem pedras e bombas incendiárias contra civis e forças israelenses.

Entre as medidas decididas pelo Executivo israelense, cuja aprovação foi solicitada à Procuradoria do Estado, está a permissão para utilizar fogo real contra quem atirar pedras e coquetéis molotov em Jerusalém Oriental.

EFE   
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