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Oriente Médio

Israel lamenta acordo entre Vaticano e Palestina

A Santa Sé reconheceu oficialmente a Autoridade palestina como um Estado em tratado assinado nesta sexta-feira

26 jun 2015 - 08h33
(atualizado às 14h12)
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Dom Paul Richard Gallagher (à direita) e ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Malki, selam acordo no Vaticano, em 26 de junho
Dom Paul Richard Gallagher (à direita) e ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Malki, selam acordo no Vaticano, em 26 de junho
Foto: Reuters

Israel lamentou nesta sexta-feira o primeiro acordo asssinado entre o Vaticano e o Estado da Palestina, segundo denominação da Santa Sé, e advertiu que isso pode ser nocivo para os esforços para a paz na região.

O ministério israelense das Relações Exteriores "lamentou a decisão do Vaticano de reconhecer oficialmente a Autoridade palestina como um Estado no acordo assinado hoje", afirmou o porta-voz da chancelaria, Emmanuel Nahshon, citado em um comunicado.

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A Santa Sé e o "Estado da Palestina" assinaram nesta sexta-feira um histórico acordo sobre os direitos da Igreja católica nos territórios palestinos.

A preparação deste texto por uma comissão bilateral levou 15 anos. Embora o Vaticano se refira ao "Estado da Palestina" desde o início de 2013, os palestinos consideram que a assinatura do acordo equivale a um reconhecimento de fato de seu Estado, o que irrita Israel.

O acordo foi assinado no Palácio pontifício pelo secretário para as relações com os Estados (ministro das Relações Exteriores), pelo prelado britânico Paul Richard Gallagher e pelo ministro palestino de Relações Exteriores, Riyad al-Maliki.

O acordo expressa o apoio do Vaticano a uma solução "do conflito entre israelenses e palestinos no âmbito da fórmula de dois Estados", havia explicado em maio o monsenhor Antoine Camilleri, chefe da delegação da Santa Sé.

Para a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), este acordo converte o Vaticano no 136º país a reconhecer o Estado da Palestina.

A Santa Sé tem relações com Israel desde 1993. Negocia desde 1999 um acordo sobre os direitos jurídicos e patrimoniais das congregações católicas no Estado hebreu, mas cada reunião semestral termina com um fracasso.

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