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Oriente Médio

Israel inclui 91 colônias na Palestina em lista de "prioridade nacional"

4 ago 2013 - 09h52
(atualizado às 10h02)
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O governo israelense incluiu neste domingo 91 colônias judaicas em território palestino ocupado na lista de cidades e comunidades consideradas de "prioridade nacional", que recebem subsídios e benefícios fiscais para fomentar seu desenvolvimento.

Entre os críticos da mudança, o presidente da ONG israelense Paz Agora, Yariv Openheimer, questionou a iniciativa à Agência Efe: "O governo incluiu 91 assentamentos entre as 600 localidades que receberão benefícios. Isso significa que as pessoas que quiserem ir viver nos assentamentos receberá benefícios, o que leva a questionar a vontade do governo de alcançar a paz".

Para Openheimer, está claro que o executivo liderado por Benjamin Netanyahu "não é sério quanto a suas intenções de sair dos assentamentos, se está investindo dinheiro nele. Essa decisão põe um grande ponto de interrogação sobre as intenções de desmantelar os assentamentos em prol do processo de paz".

As cidades e as comunidades que aparecem na lista aprovada hoje poderão solicitar bolsas de estudos e ajudas para seu desenvolvimento e seus moradores terão benefícios fiscais e subsídios para projetos comerciais, culturais, empresariais, ambientais e urbanísticos.

Segundo a ONG Paz Agora, das 91 colônias incluídas na lista, 75 estão fora dos grandes assentamentos.

Algumas delas estão entre as que não se preveem que fiquem sob soberania israelense após a assinatura de um eventual acordo de paz.

"Não há uma mudança de política, mas um sinal a mais de que o governo está comprometido com a expansão dos assentamentos, incluindo os que estão isolados e têm caráter político (ideológico). Este ano, acrescentaram nove desses assentamentos à lista e retiraram outros três que estavam na anterior", ressalta Openheimer.

Segundo o site "Ynet", a aprovação hoje por parte do gabinete da lista de cidades e comunidades que serão consideradas de prioridade nacional gerou divergências entre a ministra da Justiça e negociadora no processo de paz com os palestinos, Tzipi Livni, e o ministro da Economia e defensor da colonização da Palestina, Naftali Benet.

"Devemos continuar estimulando a construção na Judéia e na Samaria (nomes bíblicos para a Cisjordânia)", disse Benet, após Livni comentar que não deveriam ser incluídas na lista as comunidades "perigosas".

O ministro de Proteção Ambiental, Amir Peretz, criticou a medida e assegurou que se trata de "uma questão política e não de prioridade nacional, que vai contra os esforços de promover a paz".

EFE   
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