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Oriente Médio

Israel endurece medidas de prevenção e de punição à violência em Jerusalém

16 set 2015 - 07h53
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que endurecerá as medidas de prevenção e de punição contra a violência registrada nos últimos dias em Jerusalém, que deixou um morto e vários feridos.

"Usaremos todos os meios para lutar contra aqueles que lançam pedras, explosivos e foguetes para atacar civis e policiais. No véspera das férias ficou comprovado que jogar pedras pode matar", afirmou Netanyahu durante uma reunião de emergência realizada ontem à noite para discutir a situação de segurança na cidade, segundo uma nota divulgada nesta quarta-feira por seu Escritório.

Participaram os ministros de Defesa, Segurança Pública, Justiça e Transporte, assim como funcionários do Escritório de Assessoria Jurídica do Estado e da Procuradoria Geral, além do prefeito de Jerusalém.

A reunião foi convocada segunda-feira após a morte de um motorista que dirigia por um bairro de Jerusalém após perder o controle do veículo, o que teria acontecido, segundo a polícia, depois de ele ser atingido por uma pedra.

"Estas ações encontrarão com respostas punitivas e preventivas muito duras. Realizaremos mudanças sistemáticas e estabeleceremos novos padrões de dissuasão e prevenção", notificou Netanyahu.

As novas medidas, que serão implementadas gradualmente, incluem a revisão das ordens de disparo, as penas mínimas para estes tipos de delitos e a imposição de grandes multas aos menores que jogarem pedras, e aos seus pais.

Netanyahu mostrou seu compromisso com a manutenção do status quo da Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, cenário nos últimos dias de duros confrontos entre as forças de segurança israelense e jovens muçulmanos palestinos, que ganharam a atenção da comunidade internacional pelo valor histórico e religioso do local.

"Não permitiremos que arruaceiros evitem as visitas dos judeus ao Monte do Templo", sustentou o presidente sobre as visitas de fiéis judeus à região, que aumentaram nos últimos dias pela celebração do ano novo judaico, e que os palestinos percebem como uma provocação.

A Esplanada abriga a Cúpula da Rocha e a Mesquita de al- Aqsa, terceiro lugar na hierarquia muçulmana, que a chama de Nobre Santuário; e primeiro para o judaísmo, por ser o local dos primeiros templos de Jerusalém.

O ministro da Segurança Pública israelense, Gilad Erdan, anunciou hoje que o status quo do lugar foi congelado, com o conhecimento da Jordânia, que custodia os lugares sagrados de Jerusalém Oriental (região ocupada por Israel desde 1967 e onde fica a Esplanada das Mesquitas).

Ontem, o coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, advertiu o Conselho de Segurança sobre as respostas violentas que podem ser desencadeadas na região, e pediu a todos os líderes políticos e religiosos que garantam que visitantes e fiéis mostrem moderação e respeito pelo local.

EFE   
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