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Oriente Médio

Israel: é "utópico" distinguir Hezbollah de seu braço armado

23 jul 2013 - 13h55
(atualizado às 14h54)
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Israel elogiou nesta terça-feira na ONU a decisão da União Europeia (UE) de incluir o braço armado do Hezbollah em sua lista de entidades terroristas mas disse que a medida chegou "tarde". Além disso, Israel considerou "utópico" fazer distinções entre o grupo xiita libanês e seu braço armado.

"Finalmente, após ter entendido o quão perigoso pode ser o Hezbollah e do que ele capaz, a UE se apresentou tarde na festa para condenar o 'Partido de Deus'", disse o embaixador israelense, Ron Prosor, durante um debate no Conselho de Segurança.

Prosor disse que a organização é "sofisticada e interconectada", e que qualquer tentativa de distinguir entre o braço militar do político, "embora politicamente conveniente, é totalmente utópica". "Nem sequer (o mágico) Harry Houdini poderia criar a ilusão de que há uma diferença entre estes dois grupos. A Europa deu um passo na direção correta mas deve dar outro passo à frente para demonstrar condenação inequívoca ao terror", acrescentou o embaixador.

A UE concordou ontem em considerar à milícia xiita como um grupo terrorista ma manteve a cooperação com o governo do Líbano, o diálogo com todas suas forças políticas e o fornecimento de ajuda financeira e humanitária. O objetivo da UE com esta decisão é impedir que terroristas consigam refúgio na Europa sem afetar a estabilidade do Líbano, disseram à agência EFE fontes comunitárias.

A lista de grupos terroristas da UE é revista a cada seis meses. O Hezbollah qualificou hoje de "agressiva e injusta" a decisão tomada ontem e ressaltou que "a submissão dos países da UE às pressões americanas e sionistas constitui um giro perigoso na adesão total à Casa Branca".

EFE   
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