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Oriente Médio

Israel e palestinos se acusam por rompimento de cessar-fogo

Acordo de cessar-fogo, válido por 72 horas, fora anunciado na noite de ontem pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e pelo chefe da diplomacia americana, John Kerry

1 ago 2014 - 05h07
(atualizado às 08h20)
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<p>O ataque aconteceu no leste da cidade de Rafah, localizada ao sul da Faixa de Gaza</p>
O ataque aconteceu no leste da cidade de Rafah, localizada ao sul da Faixa de Gaza
Foto: Tsafrir Abayov / AP

O governo israelense e autoridades palestinas trocaram acusações pelo rompimento do cessar-fogo que havia sido declarado desde as 8h locais (2h de Brasília) desta sexta-feira, a pedido da ONU. A trégua durou cerca de duas horas, ao invés das 72 que haviam sido combinadas.

Israel acusou o movimento islamita Hamas e seus aliados de violação flagrante do cessar-fogo na Faixa de Gaza. Fontes médicas palestinas indicaram, no entanto, que pelo menos oito palestinos haviam morrido em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, pouco depois do início da trégua.

O Exército de Israel afirmou que foi registrado no local um combate na cidade de Rafah, localizada ao sul de Gaza, mas não forneceu mais detalhes. A embaixada israelense na África doSul, no entanto, afirmou que Israel apenas respondeu ao ataque iniciado pelo Hamas, que teria violado o cessar-fogo.

De acordo com a BBC, o Exército de Israel já avisou aos moradores da Faixa de Gaza que vai retomar a ofensiva na região, alertando para que os habitantes permaneçam dentro de suas casas.

O acordo fora anunciado na noite de ontem pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e pelo chefe da diplomacia americana, John Kerry. O anúncio da trégua se tornou público depois que o enviado especial da ONU à região, Robert Serry, recebeu a confirmação tanto de Israel como do Hamas.

Após uma noite de intensos ataques de artilharia sobre a Faixa de Gaza, a ofensiva israelense interrompeu suas ações no horário determinado. Por sua vez, o Ministério da Saúde do território palestino afirmou que o número de mortos por causa da ofensiva, até o início da trégua, estava em 1.459, enquanto 8.360 pessoas ficaram feridas nos 25 dias de operação.

Assim que começou o cessar-fogo, testemunhas na Faixa de Gaza relataram um aumento no movimento de veículos que retornavam ao território palestino e que as pessoas começaram suas buscas por alimentos e também aproveitam a trégua para enterrar seus mortos e visitar os familiares internados nos hospitais.

Com informações das  agências AP, AFP, EFE e Reuters

Fonte: Terra
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