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Oriente Médio

Israel diz a EUA que palestinos minam negociações

10 ago 2013 - 18h07
(atualizado às 18h53)
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Israel se queixou ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry, a respeito de comentários de palestinos de que o país diz minarem as nascentes negociações de paz, afirmou uma autoridade israelense neste sábado. "Incitação e paz não podem coexistir, teria dito o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a Kerry, patrocinador das negociações, em uma carta enviada neste final de semana, segundo fonte oficial.

A queixa ressalta a recriminação e a desconfiança dos dois lados e que ameaçam as conversas, ainda que Israel esteja se preparando para libertar dezenas de prisioneiros palestinos na véspera de uma segunda rodada de discussões na semana que vem.

De acordo com a autoridade, a carta de Netanyahu se referia à afirmação do presidente palestino, Mahmoud Abbas, feito em 29 de julho, de que um futuro Estado palestino "não veria a presença de um único israelense - civil ou soldado".

Netanyahu também citou a transmissão de TV palestina de uma visita de cortesia do time de futebol Barcelona à Cisjordânia na semana passada, durante a qual um comentarista esportivo, narrando ao fundo, descrevia cidades israelenses como palestinas - como fez um cantor que se apresentou no campo.

"Ao invés de educar a próxima geração de palestinos para viver em paz com Israel, essa educação do ódio prepara o terreno para a violência, o terror e o conflito contínuos."

A embaixada dos EUA em Israel não retornou uma ligação para comentar a carta de Netanyahu para Kerry.

Os próprios palestinos vêm acusando Israel há tempos de ter pouca fé no processo de paz, dada a expansão de assentamentos judeus na Cisjordânia, que a maioria das potências considera ilegal. A coalizão de governo direitista de Netanyahu inclui facções pró-colonos, uma das quais se opõe abertamente a um Estado palestino.

Indagado sobre a carta de Netanyahu, Hanan Ashrawi, da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) de Abbas, a descartou como "uma tentativa desesperada de desviar a atenção do mundo das violações flagrantes da lei internacional".

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