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Oriente Médio

Israel detém principal suspeito de terrorismo nacionalista do país

3 ago 2015 - 15h11
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Soldados da polícia israelense e do serviço secreto Shabak detiveram nesta segunda-feira o principal suspeito do terrorismo nacionalista, Meir Etinguer, que é acusado de ataques contra igrejas e civis palestinos.

Etinguer, de 24 anos, foi detido na cidade de Safed, na Galileia, em uma operação conjunta da Unidade de Crimes Nacionalistas da Polícia e agentes do serviço secreto, informaram fontes policiais.

Neto do rabino radical Meir Kahana, assassinado em 1990 por um palestino após o término de uma conferência em Nova York, o agora detido está nas listas de suspeitos do Shabak desde 2010, quando começou com os chamados "Jovens das colinas", um grupo de colonos que cometeu vários ataques contra a população palestina e contra as forças de segurança israelenses.

Há alguns anos, Etinguer foi condenado a seis meses de prisão por espionar os movimentos do Exército, no que as autoridades consideraram um passo prévio a uma onda de ataques pela evacuação de um pequeno assentamento judaico no território ocupado da Cisjordânia.

No ano passado, após uma série de agressões contra igrejas, mesquitas e propriedades palestinas, o Ministério da Defesa e o Poder Judiciário emitiram uma ordem para afastá-lo da Cisjordânia e Jerusalém.

Etinguer, que lidera desde então a lista de suspeitos do Shabak, está também entre os redatores do chamado "Documento de rebelião", que pede uma mudança de regime em Israel, inclusive se for necessário sacrificar a vida.

O "Canal 10" da televisão local indicou que sua detenção aconteceu pelos meios frequentes e que se somente no acusado não querer colaborar com os investigadores do Shabak, serão aplicadas novas medidas de exceção para conter o terrorismo nacionalista judeu.

O governo israelense aprovou no domingo passado, por causa da morte de um bebê palestino na aldeia de Duma em um ataque com coquetéis molotov, uma série de medidas extraordinárias contra extremistas judeus.

Entre elas se encontra a aplicação da detenção administrativa, ou seja, a prisão do suspeito sem necessidade de apresentar provas contra ele perante um juiz.

Com isso, o governo de Benjamin Netanyahu trata de resolver um dos problemas do Shabak na hora de combater a violência nacionalista judia, que se caracteriza por seu sigilo e a impossibilidade de encontrar provas para incriminar os suspeitos.

EFE   
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