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Oriente Médio

Israel critica diretriz da UE que exclui territórios ocupados de cooperação

16 jul 2013 - 08h49
(atualizado às 09h07)
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Autoridades israelenses criticaram nesta terça-feira uma nova diretriz da União Europeia (UE) que proibirá que seus 28 membros incluam na cooperação os assentamentos judeus nos territórios ocupados, incluindo Jerusalém Oriental árabe anexado.

Esta diretriz, adotada em 30 de junho e que será publicada na próxima sexta-feira no Diário Oficial da UE, diz que "todos os acordos entre o Estado de Israel e a UE devem indicar sem ambiguidade e explicitamente que não se aplicam aos territórios ocupados por Israel em 1967", disse em um comunicado a delegação da UE ante Israel.

"É uma diretriz sobre as entidades israelenses acreditadas para receber ou não financiamentos da UE. Estabelece uma distinção entre Israel e as entidades na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental, na Faixa de Gaza e nas colinas de Golã", explicou à AFP um porta-voz da delegação, David Kriss, referindo-se aos territórios palestinos e sírio ocupados por Israel.

Esta diretiva começará a ser aplicada em 2014.

Um importante líder israelense que pediu o anonimato disse que esta iniciativa da UE é um novo "ataque" desproporcional contra Israel.

"Quando se trata dos territórios disputados, os europeus preferem atacar um pequeno país como Israel em vez de fazer isso com Estados mais poderosos, porque têm medo de represálias", disse.

"Israel foi informado da diretriz no último momento, algo que normalmente não é feito", insistiu.

Já o vice-ministro das Relações Exteriores, Zeev Elkin, declarou à rádio militar que a UE havia cometido "um erro".

"Trata-se de uma iniciativa muito inquietante adotada em um momento ruim, já que pode apenas reforçar a rejeição dos palestinos em retomar as negociações", afirmou Elkin, referindo-se aos esforços do secretário de Estado americano John Kerry de reativar as negociações de paz.

No entanto, o vice-chanceler tentou minimizar o alcance concreto da medida.

"Está claro que criará dificuldades suplementares em nossas relações com a União Europeia, mas não se deve exagerar seu impacto. Não se trata de um chamado ao boicote", destacou.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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