Israel aprova ampliação de assentamento judaico em Jerusalém com 500 casas
Israel aprovou nesta terça-feira a ampliação do assentamento de Ramat Shlomo, situado no território palestino ocupado de Jerusalém Oriental, com a construção de 500 novas casas.
Fontes oficiais israelenses confirmaram à Agência Efe a decisão de continuar com um projeto que foi paralisado há dois anos, após a medida tomada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanayahu, e a prefeitura de Jerusalém.
"O primeiro-ministro aprovou as unidades. Em qualquer acordo de paz a considerar estas áreas permanecerão como parte de Israel", argumentou a fonte governamental, que pediu para não ser identificada.
A porta-voz da prefeitura de Jerusalém ,Brachie Sprung, disse à Efe que os planos tratados hoje "foram aprovados há anos. Construir em Jerusalém é essencial, importante, e continuará para que mais gente jovem possa viver e planejar seu futuro na cidade".
"A prefeitura não parará a construção para judeus na capital de Israel. A discriminação com base em religião, raça ou gênero é ilegal", recalcou.
Segundo o jornal israelense "Jerusalem Post", o projeto de expansão, que inclui mil imóveis, foi parado há dois anos por um enfrentamento com os Estados Unidos, em um momento em que ainda estavam em andamento as últimas - e posteriormente fracassadas - conversas de paz entre palestinos e israelenses, mediadas pelo secretário de Estado americano, John Kerry.
Há duas semanas, algumas informações indicaram que o Comitê de Planejamento e Construção da prefeitura de Jerusalém tinha decidido suspender as permissões para a criação de 88 novas casas no mesmo assentamento por ordem direta do escritório do primeiro-ministro.
No entanto, Sprung negou que fosse uma suspensão definitiva, e assegurou que a prefeitura continuava a "avançar na construção na cidade para todos os segmentos de população" e anunciou que os planos seriam "apresentados para discussão mais adiante".
Desde o início da nova onda de violência, em 30 de setembro, Netanyahu recebeu fortes críticas por parte do movimento colono, que condenou a paralisação da construção em território ocupado e exigiu a retomada das obras, como medida de luta contra os ataques palestinos.
Israel tomou o leste de Jerusalém (junto com Cisjordânia, Gaza e o Golã sírio) em 1967 e, 13 anos mais tarde, anexou formalmente essa parte da cidade, decisão que não foi reconhecida por nenhum país da comunidade internacional, que considera a área território palestino ocupado.