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Oriente Médio

Israel anuncia interrupção diária de bombardeios

7 jan 2009 - 06h34
(atualizado às 12h22)
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O Exército de Israel anunciou que a partir desta quarta-feira vai interromper os bombardeios nas cidades da Faixa de Gaza durante três horas todos os dias para facilitar a entrada de material humanitário.

Israel interrompe ataques por 3 horas diárias:

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"Decidimos cessar os bombardeios em Gaza entre as 13h (9h de Brasília) e as 16h (12h de Brasília) todos os dias a partir de hoje, quarta-feira", declarou a porta-voz militar Avital Leibovich.

A decisão foi adotada depois que Israel aceitou abrir um corredor humanitário na Faixa de Gaza, submetida a bombardeios que na terça-feira deixaram pelo menos 43 mortos em uma escola administrada pela ONU.

Autoridades palestinas na Faixa de Gaza disseram que foram informadas por Israel que os ataques parariam durante esse período para que as lojas abrissem e funerais fossem realizados.

Crise humanitária

As agências da ONU e as organizações humanitárias têm denunciado uma crise humanitária "total" em Gaza, um território pobre e superpovoado onde os habitantes se encontram bloqueados, sem a possibilidade de fugir.

Os hospitais estão lotados. A ajuda de emergência não chega às áreas afetadas pelos bombardeios. A ofensiva provoca escassez de mantimentos, de combustível e de água potável, assim como danos na infra-estrutura.

Os ataques israelenses mataram pelo menos 680 palestinos e deixaram 3 mil feridos desde 27 de dezembro, quando teve início a operação, segundo os serviços de emergência palestinos.

Ataques a escolas

Na terça-feira, três escolas administradas pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) foram bombardeadas. No ataque mais violento, em Jabaliya (norte), 43 palestinos morreram.

Israel afirmou que sua artilharia abriu fogo contra a escola porque combatentes palestinos haviam se posicionado no local para disparar morteiros contra suas tropas.

A ONU desmentiu a presença de combatentes em uma escola administrada pela UNRWA. "Depois de uma investigação preliminar, temos 99,9% de certeza que não existiam militares na escola", declarou Chris Gunness, porta-voz da agência das Nações Unidas.

"Pedimos uma investigação independente. Se as leis da guerra foram violadas, os culpados terão que comparecer à justiça", acrescentou.

Fonte: Terra
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