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Oriente Médio

Israel acusa presidente palestino de não querer negociar paz

5 jun 2013 - 07h40
(atualizado às 07h57)
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O vice-ministro das Relações Exteriores de Israel, Zeev Elkin, acusou nesta quarta-feira o presidente palestino Mahmud Abbas de negar-se a negociar diretamente com Israel e de preferir as iniciativas "unilaterais".

"Abbas não tem pressa para retomar as negociações, apesar das pressões exercidas sobre ele, porque considera que a via unilateral dará mais e assim não terá que pagar um preço político", declarou Elkin à rádio pública.

Elkin se referia a novas iniciativas que os palestinos poderiam organizar, como a de novembro do ano passado que permitiu à Palestina obter o status de Estado observador da ONU, apesar da oposição de Israel e dos Estados Unidos.

O vice-ministro também reiterou que Israel se opõe a retornar aos limites de fronteira anteriores à guerra de junho de 1967. "O povo israelense não está disposto a cometer suicídio e a repetir o erro cometido com a retirada da Faixa de Gaza (em 2005)".

A rádio pública e o jornal Maariv informaram que Yoram Cohen, diretor do Shin Beth, o serviço de segurança interna, afirmou que Abbas "não acredita em um acordo de paz com Israel".

"O presidente palestino acredita que não ganhará nada negociando com o governo de Benjamin Netanyahu e que conseguiria muito menos do que havia proposto Ehud Olmert", disse Yoram Cohen em uma reunião, terça-feira, da comissão de Defesa e das Relações Exteriores do Parlamento.

Segundo a imprensa israelense, Olmert, no poder entre 2006 e 2009, propôs a retirada de mais de 90% da Cisjordânia e uma troca de territórios que Abbas recusou.

O secretário de Estado americano, John Kerry, tenta há alguns meses reativar as negociações, congeladas há quase três anos. Na segunda-feira, ele advertiu a Israel que não deixe passar a "última oportunidade" de alcançar a paz com os palestinos, porque depois seria muito tarde.

Para retomar as negociações de paz, a direção palestina exige o congelamento completo da colonização israelense e a inclusão, como base das discussões, de uma referência às fronteiras anteriores à ocupação israelense dos territórios palestinos em junho de 1967.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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