Iraque liberta 36 refugiados iranianos detidos em julho
As autoridades iraquianas libertaram nesta quarta 36 refugiados iranianos do campo de Ashraf, no noroeste do Iraque, que foram detidos em julho, depois que estes permaneceram 72 dias em greve de fome, informou a resistência iraniana.
Em comunicado, o Conselho Nacional da Resistência iraniana no Iraque afirmou que, após a libertação, alguns presos que estavam em situação grave foram transferidos imediatamente ao centro médico do campo Ashraf.
As autoridades iraquianas não confirmaram nem desmentiram toda esta informação.
O Conselho Nacional da Resistência iraniana denunciou na nota que os refugiados detidos receberam maus-tratos na prisão da cidade de Khales, no nordeste do país árabe, e depois no centro de detenção dos serviços secretos militares da província de Al-Muthana, no sul.
Além disso, criticou que os refugiados permaneceram presos pelas acusações de entrar de maneira ilegal no Iraque há mais de 23 anos, apesar de um tribunal de Khales ter ordenado a libertação.
Os refugiados libertados hoje foram detidos em julho quando o Exército do Iraque invadiu com violência o campo de Ashraf, onde residem cerca de 3,5 mil opositores ao regime de Teerã, depois que as forças dos Estados Unidos transferiram o controle às autoridades iraquianas no dia 28 daquele mês.
Durante esses incidentes, nove pessoas morreram e 500 ficaram feridas, segundo a versão da resistência iraniana.
Antes, os opositores iranianos tinham acusado o regime de seu país de querer transferir os 36 refugiados detidos ao Irã para matá-los e, assim, pressionar os residentes do campo de Ashraf.
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