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Oriente Médio

Iraque e Líbano estão alarmados com avanço da guerra síria

20 jun 2013 - 19h04
(atualizado às 20h37)
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O Iraque alertou nesta quinta-feira a vizinha Síria de que sua guerra civil está rasgando o Oriente Médio ao meio e o presidente do Líbano pediu ao movimento local Hezbollah que retire seus combatentes do conflito.

Após dois anos de uma guerra que já matou mais de 93 mil pessoas, o tumulto sírio está arrastando seus vizinhos para um confronto mortal entre o Irã xiita, que apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, e países árabes sunitas do golfo Pérsico, que apoiam os rebeldes sírios.

Os insurgentes já sofreram vários reveses no campo de batalha e estão sitiados nos arredores de Damasco, enfrentando um avanço lento, mas estável, das forças de Assad, que voltaram a dominar a situação.

Num sinal da devastação causada pela guerra, a Unesco (agência cultural da ONU) colocou nesta quinta-feira seis patrimônios universais sírios na sua lista de monumentos em perigo, solicitando esforços internacionais por sua proteção.

O Iraque e o Líbano já sofrem com a violência em seu território, à medida que o conflito sírio ganha contornos cada vez mais sectários.

"O Iraque está na posição mais difícil nessa turbulência regional, e o conflito na Síria se tornou um conflito regional por todos os parâmetros", disse o chanceler Hoshyar Zebari em entrevista à Reuters em Bagdá.

"Estamos fazendo o melhor possível para manter uma posição neutra, mas as pressões são enormes, e por quanto tempo podemos resistir é realmente uma questão dos novos desenrolares na Síria."

Enquanto a Rússia e o Irã armam as forças governamentais sírias, e os combatentes do Hezbollah lutam ao lado de Assad, potências ocidentais decidiram na semana passada intensificar a ajuda aos rebeldes, majoritariamente sunitas.

Chanceleres do grupo de países "Amigos da Síria", que apoiam a oposição, se reúnem no sábado no Catar para discutir formas de auxiliar o Exército Sírio Livre, um grupo da oposição, a defender suas posições na cidade de Aleppo (norte).

Esses países incluem EUA, Grã-Bretanha, França, Arábia Saudita, Turquia, Egito e Catar.

(Reportagem adicional de Erika Solomon, em Beirute; de Patrick Markey, em Bagdá; de John Irish, em Paris)

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