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Oriente Médio

Irã tentou interceptar avião não tripulado dos EUA sobre Golfo Pérsico

14 mar 2013 - 18h49
(atualizado às 18h56)
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Um avião militar iraniano tentou interceptar na última terça-feira, sem sucesso, um avião não tripulado ("drone") dos Estados Unidos sobre águas internacionais no Golfo Pérsico, informou nesta quinta-feira o Pentágono, que pretende continuar com esse tipo de voo, apesar das advertências do Irã.

O porta-voz do Departamento de Defesa, George Little, disse em comunicado que uma "aeronave iraniana F-4" se aproximou na terça-feira dia 12 de um avião militar americano MQ-1, "desarmado e não-tripulado, que fazia um voo rotineiro de vigilância de caráter classificado sobre águas internacionais no Golfo Pérsico".

"O MQ-1 estava acompanhado por dois aviões militares americanos, e todos eles se mantiveram o tempo todo sobre águas internacionais. O avião iraniano se afastou após receber uma advertência verbal", acrescentou Little.

Segundo o porta-voz, o mais próximo que esteve o F-4 iraniano do avião americano foi cerca de 25 quilômetros de distância.

No último dia 1º de novembro, um caça iraniano disparou contra outro "drone" americano que sobrevoava o espaço aéreo internacional em um voo de vigilância, mas não conseguiu derrubá-lo.

"Depois desse incidente em novembro, os Estados Unidos comunicaram aos iranianos que continuariam fazendo voos de vigilância sobre águas internacionais de acordo com uma prática de longa data e com o compromisso com a segurança da região", assinalou Little.

"Também comunicamos que nos reservamos ao direito de proteger nossos recursos militares e nossas forças, e vamos continuar fazendo isso de agora em diante", acrescentou o porta-voz.

O Irã afirmou em várias ocasiões que derrubou aviões espiões não tripulados tanto israelenses quanto americanos em seu espaço aéreo, sobre terra e sobre suas águas territoriais.

Além do incidente de novembro, o Irã anunciou em dezembro que tinha capturado um "drone" americano de observação ScanEagle, que seus militares afirmaram que continha informação militar e de matéria petrolífera, apesar de os Estados Unidos afirmarem que não sabem dessa captura.

Antes deste último incidente, o Irã acusou os EUA de terem invadido seu espaço aéreo por oito vezes desde o último mês de outubro, e apresentou queixas à ONU, além de ter afirmado que o país "preservará e protegerá" seu território "de maneira contundente".

EFE   
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