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Oriente Médio

Irã pretende acelerar atividade nuclear, diz ONU

23 mai 2013 - 07h34
(atualizado às 10h17)
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O Irã está tentando acelerar o programa de enriquecimento de urânio do país, mostrou um relatório da ONU, mas especialistas disseram que não está claro quando as novas máquinas iranianas poderiam começar a operar de forma eficiente e como funcionarão.

O progresso da República Islâmica na introdução de centrífugas de próxima geração é acompanhado de perto por potências ocidentais e Israel, pois permitiria que Teerã acelerasse o acúmulo de material que poderia ser usado para construir bombas atômicas. O Irã diz que seu objetivo é utilizar o processo apenas para fins pacíficos.

O Irã tem tentado por anos para desenvolver centrífugas mais avançadas do que as problemáticas máquinas IR-1, dos anos 1970, mas a implantação de novos modelos tem sido marcada por dificuldades técnicas e dificuldade na obtenção de peças no exterior.

O país agora está avançando na instalação de uma versão mais eficiente conhecida como o IR-2m em sua principal usina de enriquecimento, perto da cidade central de Natanz, segundo o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

O Irã também colocou em prática outro tipo de centrífuga, a IR-5, pela primeira vez em um centro de pesquisa e desenvolvimento em Natanz, juntando-se a outros cinco que estão sendo testados lá, acrescentou o relatório emitido aos Estados membros na noite de quarta-feira.

Críticos dizem que o Irã está tentando alcançar a capacidade de fabricar armas atômicas. O Irã nega, dizendo que precisa de energia nuclear para geração de energia e fins médicos.

União Europeia expressa preocupação 

A expansão de atividades nucleares sensíveis no Irã viola resoluções da ONU e agrava as dúvidas sobre o caráter pacífico do programa atômico iraniano, disse a União Europeia após a divulgação do relatório. Segundo o entendimento do bloco, o parecer aponta que as açõs do Irã no campo nuclear violam resoluções do Conselho de Segurança da ONU e da direção da própria AIEA.

O texto "agrava ainda mais as preocupações existentes sobre a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano", disse um porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, que representa seis potências mundiais em negociações com a República Islâmica.

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