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Oriente Médio

Irã pede que Opep mantenha cota de vendas caso haja sanções

4 fev 2012 - 15h39
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O Irã pedirá à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que respeite sua cota de vendas caso o país seja afetado pelas sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), que endureceram sua postura em relação à República Islâmica para obrigá-la a abandonar seu programa nuclear. Em declarações realizadas neste sábado, divulgadas pela agência oficial de notícias Irna, o ministro de Petróleo iraniano, Rostam Qasemi, disse que a Opep representa uma organização econômica que sempre se manteve fora de lutas políticas e, por isso, deveria continuar assim.

"O mercado petrolífero é um setor de negócios e, atualmente, goza de equilíbrio. Não acreditamos que os Estados-membros da Opep vão fazer caso omisso dos direitos de um companheiro do grupo", ressaltou Qasemi.

O governo iraniano enviou uma carta ao ministro do Petróleo do Iraque, Abdul Kareem Luaibi, atual presidente da Opep, pedindo colaboração entre os membros do bloco e respeito às cotas e direitos de cada membro da organização, especialmente por parte da Arábia Saudita. Segundo maior exportador de petróleo da Opep depois da Arábia Saudita, o Irã tinha anunciado algumas gestões com o governo de Riad para que não cobrisse a cota de vendas iranianas caso alguns países, especificamente da União Europeia (UE), suspendessem suas compras de petróleo iraniano.

Após aprovar no mês passado um embargo petrolífero ao Irã, que entraria em vigor no dia 1º de julho deste ano, para obrigá-lo a abandonar seu programa nuclear, alguns países da UE indicaram que poderiam substituir suas compras de petróleo iraniano por importações da Arábia Saudita, o que Teerã busca impedir. Irã e Arábia Saudita, as duas principais potências do Golfo Pérsico e os dois maiores produtores de petróleo da Opep, mantêm uma relação flutuante em matéria política, mas sustentaram uma atitude de respeito mútuo dentro do cartel petrolífero.

Qasemi pediu aos EUA e à União Europeia que negociem com o Irã em vez de pressioná-lo para conseguir seus objetivos. "O Irã não abandonará seu programa nuclear, mesmo que não possa vender nem uma gota de petróleo", informou a Irna.

Nos últimos meses, Estados Unidos e União Europeia endureceram suas posturas e sanções contra o Irã para tentar fazer com que as autoridades de Teerã abandonassem seu programa nuclear.

EFE   
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