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Oriente Médio

Irã e potências mundiais devem ultrapassar data limite para acordo

30 jun 2015 - 10h18
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O Irã e seis potências mundiais aceleraram as negociações nesta terça-feira depois de admitirem que vão perder o prazo de 30 de junho para um acordo sobre o programa nuclear iraniano, com ambos os lados advertindo que os principais obstáculos ainda persistem.

Reunião entre o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler do Irã, Javad Zarif, em Viena. 30/06/2015
Reunião entre o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler do Irã, Javad Zarif, em Viena. 30/06/2015
Foto: Carlos Barria / Reuters

Diplomatas disseram que as conversações de Viena seriam realizadas pelo tempo necessário para se chegar a um acordo destinado a pôr fim às sanções em troca de, pelo menos, uma década de limite às atividades nucleares mais sensíveis do Irã.

Países ocidentais e seus aliados suspeitam que o Irã possa estar desenvolvendo tecnologia que lhe permitiria construir armas nucleares sob o disfarce de um programa civil de energia atômica, mas o governo iraniano diz que seus objetivos são estritamente pacíficos.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, permaneceu em Viena para esperar o retorno do ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, que viajou para consultas com os dirigentes do país, em Teerã.

"Há questões reais e difíceis que persistem e que têm de ser resolvidas a fim de se obter um acordo abrangente, e nós ainda não sabemos se vamos ser capazes de chegar lá", disse um alto funcionário do governo norte-americano a repórteres.

Zarif voou na manhã de terça-feira com o chefe nuclear do Irã, Ali Akbar Salehi, e imediatamente entrou em quase duas horas de discussões particulares com Kerry. "Estou aqui para chegar a um acordo final, e eu acho que podemos", disse ele a repórteres. Zarif também deve se reunir com os seus homólogos alemães e russos mais tarde.

Há mais de uma semana, os Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China vêm trabalhando continuamente com o Irã para tentar romper um impasse nas negociações sobre o acordo nuclear iraniano, e nunca estiveram tão perto de uma conclusão positiva. As principais diferenças são sobre o ritmo e o calendário da remoção das sanções impostas ao Irã e sobre a natureza dos mecanismos de monitoramento para garantir que o país esteja cumprindo o acordo.

(Reportagem adicional de Louis Charbonneau e Arshad Mohammed)

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