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Oriente Médio

Irã diz que ruptura com Arábia Saudita não ressarce execução de líder

5 jan 2016 - 10h56
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O presidente iraniano, Hassan Rohani, considerou nesta terça-feira que a ruptura das relações diplomáticas da Arábia Saudita com Teerã não ressarce "o grande crime" cometido pelas autoridades sauditas de ter executado "o líder religioso" Nimr Baquir al Nimr.

Em palavras de Rohani, a "Arábia Saudita para encobrir seu crime de ter decapitado um líder religioso em seu país, realizou um ato estranho" que levou a romper seus laços políticos com Teerã.

Segundo informou a página site oficial da presidência iraniana, durante uma visita do ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Kristian Jenseny, Rohani reprovou o motivo da execução de al Nimr e manifestou que críticas não devem terminar em decapitações.

"A resposta à crítica não deve ser a decapitação", afirmou Rohani, para quem é normal que este descumprimento dos "direitos islâmicos e humanos suscite a reação da opinião pública".

"Esperamos que os países europeus que constantemente reagem perante os direitos humanos, desta vez também cumpram com seus deveres" e reajam perante a execução da Arábia Saudita do clérigo xiita, acrescentou.

Além disso, o chefe do Executivo iraniano anunciou a disposição do Irã para "colaborar com outros países, incluído os da União Europeia na luta contra o terrorismo".

O governo da Arábia Saudita (sunní) rompeu no domingo relações diplomáticas com o Irã (chíí) após o ataque na noite anterior da Embaixada saudita em Teerã e seu consulado na cidade de Mashhad, que aconteceu como resposta à execução do clérigo xiita no dia anterior.

Após a ruptura de relações da Arábia Saudita, Sudão e Bahrein também cortaram seus laços com o Irã e os Emirados Árabes Unidos os reduziram em nível de encarregado de negócios.

EFE   
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