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Oriente Médio

Irã diz que processo segue seu curso e que condenada está bem

3 nov 2010 - 12h01
(atualizado às 14h13)
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A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento por adultério, está em perfeito estado de saúde e seu processo segue o curso, declarou o titular da justiça local, Malek Ajdar Sharifi, citado nesta quarta-feira pela agência oficial Irna.

"Ela está em perfeito estado de saúde e se encontra na prisão de Tabriz", declarou Sharifi. "Ao mesmo tempo, seu processo segue seu curso em nível dos tribunais da província", acrescentou.

Igualmente acusou "a mídia ocidental hostil de querer criar um clima envenenado contra a República Islâmica do Irã", ao publicar informações como a execução iminente de Sakineh.

Mais cedo, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores iraniano afirmou que o Ocidente utiliza o caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, para pressionar o Irã.

"Os ocidentais são tão insolentes que transformaram o caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani, que cometeu crimes, em um caso de direitos humanos", declarou, afirmou Ramin Mehmanparast.

"Fizeram do caso um símbolo da liberdade da mulher nos países ocidentais e o fizeram com insolência. Pedem a libertação dela. Tentam utilizar um caso simples como meio de pressão contra o Irã", completou o porta-voz.

Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43 anos, foi condenada em 2006 à pena capital na forca pelo envolvimento no assassinato do marido e ao apedrejamento por acusações de adultério.

A primeira condenação foi transformada em pena de 10 anos de prisão. A condenação ao apedrejamento foi confirmada em 2007 pela Suprema Corte.

A comunidade internacional questiona as condenações e uma campanha em todo o mundo tenta salvar a iraniana.

Depois dos temores de que Sakineh poderia ser morta nesta quarta-feira, o comitê internacional contra o apedrejamento informou que a iraniana não foi executada.

"Sakineh Mohammadi Ashtiani não foi executada hoje (quarta-feira). Neste momento já passou o horário das execuções, portanto não será hoje. Mas o risco continua, e pode acontecer a qualquer momento", declarou à AFP Mina Ahadi, porta-voz do comitê internacional contra o apedrejamento, que tem sede na Alemanha, e que disse ter recebido informações do próprio comitê no Irã.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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