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Oriente Médio

Irã diz que Israel se arrependerá de ter atacado a Síria

4 fev 2013 - 10h16
(atualizado às 10h23)
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O secretário do Conselho Superior de Segurança Nacional iraniano, Saeed Jalili, afirmou nesta segunda-feira que Israel vai se arrepender de ter atacado a Síria e que o Governo do país se mostra "sério" em relação com o assunto.

Em entrevista coletiva durante sua visita a Damasco, transmitida pela televisão, Jalili apontou que "o mundo islâmico não permitirá uma agressão contra a Síria".

"O regime sionista vai se arrepender", acrescentou, em referência ao ataque lançado por aviões israelenses na quarta-feira passada contra um centro de pesquisa militar nos arredores da capital síria, segundo denunciou Damasco.

"O povo e o Governo sírios são sérios neste assunto", afirmou o responsável iraniano, em alusão a uma possível resposta ao ataque israelense, ao mesmo tempo em que destacou que o "mundo islâmico apoia a Síria".

Jalili indicou que os países muçulmanos "devem prever a agressão contra o mundo islâmico e devem ter uma resposta adequada e provar que estão unidos na resistência".

Em sua opinião, Israel e seus aliados buscam criar diferenças entre os países islâmicos e em nível interno na Síria para debilitar "a unidade de resistência ao regime sionista".

Sobre o conflito na Síria, Jalili disse que a solução deve ser obtida mediante um diálogo político nacional para que os sírios possam decidir o futuro do país.

"Afirmamos desde o início que o terrorismo e os atos de violência não ajudarão a estabilizar o país", acrescentou o secretário do Conselho Superior de Segurança Nacional iraniano, que advertiu sobre os efeitos negativos de uma eventual intervenção militar no país árabe.

Sobre o armamento nuclear, Jalili disse que seu país é contrário a posse destas armas "em qualquer parte do mundo", mas tem direito a dispor de "energia nuclear pacífica", uma postura que seguirá defendendo nas negociações com a comunidade internacional.

Jalili se reuniu ontem em Damasco com o presidente sírio, Bashar al Assad, que acusou Israel de cooperar com "forças estrangeiras inimigas" para tentar desestabilizar a Síria e destacou que seu país "é capaz de fazer frente aos desafios atuais e responder a qualquer agressão que tenha como alvo a Síria".

O regime sírio e o Irã mantêm há mais de 30 anos uma associação estratégica, tanto em matéria técnica, econômica e comercial como militar, com ajuda mútua em caso de agressão exterior.

EFE   
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