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Oriente Médio

Irã confirma ataque eletrônico contra seus sistemas industriais

26 set 2010 - 05h19
(atualizado às 14h41)
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O Irã reconheceu que os sistemas informáticos de dezenas de indústrias foram atacados por um vírus denominado Stuxnet, que segundo alguns especialistas ocidentais poderia ter sido projetado para tentar frear o controvertido programa nuclear iraniano.

Autoridades do governo declararam neste domingo que o vírus de computador não afetou a usina nuclear iraniana e nem instalações governamentais, mas atingiu computadores de funcionários da usina e provedores de internet. "Tendo em vista que usamos contra-ataques nos sistemas controlados pelo estado, este venenoso software foi menos efetivo. Não houve nenhum dano importante", revelou o ministro de Telecomunicações iraniano, Reza Taghipour, citado neste domingo pelo jornal local Irã.

O ministro admitiu, no entanto, que sistemas menos protegidos foram infectados por este vírus que se infiltra através de portas USB e explora a vulnerabilidade do sistema operacional do Windows.

"Equipes especiais de operações começaram a limpar os sistemas informáticos industriais e se puseram em alerta para atuar em caso que esta ameaça se torne muito mais séria", acrescentou Taghipour.

Um alto oficial da empresa americana Symantec disse à agência de notícias Reuters na última sexta-feira que 60 por cento dos computadores que foram afetados pelo chamado vírus Stuxnet em todo o mundo estão no Irã, gerando especulações de que a usina nuclear pudesse ter sido vítima de um ato de sabotagem ou de espionagem.

De acordo com algumas agências ocidentais de cybersegurança, o ataque pode ter sido realizado com "apoio de um estado-nação", indicando que plantas industriais do estado islâmico podem ter sido os alvos.

O presidente da usina nuclear Bushehr disse que o vírus só afetou os computadores pessoais de funcionários."Uma equipe está inspecionando diversos computadores para remover os problemas. Os sistemas principais da usina não foram prejudicados", disse Mahmoud Jafari, à agência de notícias oficial iraniana IRNA.

EFE   
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