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Oriente Médio

Irã: Brasil elogia acordo após mediação frustrada em 2010

Trato feito com potências mundiais tem como objetivo deter o programa nuclear iraniano

2 abr 2015 - 19h41
(atualizado às 20h28)
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<p>O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank Walter Steinmeier, a chefe de Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, o chanceler iraniano, Javad Zarif, o vice-diretor de Política da Rússia, Alexey Karpov, e o secretário do Exterior britânico, Philip Hammond, posam para foto após as negociações nucleares em Lausanne, na Suíça, em 2 de abril</p>
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank Walter Steinmeier, a chefe de Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, o chanceler iraniano, Javad Zarif, o vice-diretor de Política da Rússia, Alexey Karpov, e o secretário do Exterior britânico, Philip Hammond, posam para foto após as negociações nucleares em Lausanne, na Suíça, em 2 de abril
Foto: Brendan Smialowski / Reuters

O governo brasileiro elogiou nesta quinta-feira o acordo preliminar alcançado entre o Irã e potências mundiais para evitar que a República Islâmica produza armas nucleares, depois da tentativa fracassada de Brasil e Turquia de mediar o impasse em 2010.

O Irã e as seis potências --Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia-- fecharam um acordo preliminar com ajuda da União Europeia para deter o programa nuclear iraniano por pelo menos uma década e que servirá de base para um pacto mais abrangente a ser alcançado até o fim de junho.

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"O Brasil saúda a disposição dos governos do Irã e dos países do P5+1, bem como da diplomacia da União Europeia, em perseverar nos esforços para alcançar um acordo satisfatório para todas as partes", afirmou o Ministério das Relações Exteriores em nota.

EUA e Irã discutem acordo nuclear:

Em maio de 2010, Brasil e Turquia tentaram mediar um acordo para o impasse de mais de uma década ao fechar um pacto de troca de combustível nuclear com o Irã com o objetivo de acalmar as preocupações internacionais sobre as ambições atômicas da República Islâmica.

A iniciativa diplomática foi considerada insuficiente pelas potências e não evitou que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovasse uma nova rodada de sanções contra o Irã nos dias seguintes ao anúncio do acordo mediado por Brasil e Turquia.

"O governo brasileiro tem consistentemente reiterado que não há alternativa a uma solução negociada para essa questão e que as presentes tratativas constituem oportunidade que deve ser plenamente aproveitada para se chegar a uma solução duradoura sobre a matéria", afirmou a chancelaria brasileira.

Turquia e Brasil, que à época do acordo eram membros temporários do Conselho de Segurança da ONU, alegaram que o pacto seria motivo suficiente para suspender a discussão sobre novas sanções, o que não ocorreu.

Depois que os negociadores anunciaram nesta quinta-feira os parâmetros do acordo preliminar, Irã e as potências terão até 30 de junho para firmar um pacto mais abrangente e de longo prazo sobre o programa nuclear iraniano.

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