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Oriente Médio

Irã afirma que conversas com G5+1 foram frutíferas e devem continuar

7 abr 2013 - 11h55
(atualizado às 12h33)
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O Irã considera que as conversas mantidas com as potências mundiais do Grupo 5+1 "foram frutíferas e devem prosseguir", disse neste domingo o deputado e presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento de Teerã, Alaedin Boruyerdi.

Ao término da sessão de hoje do Parlamento, Boruyerdi disse aos jornalistas locais que "não foi possível conseguir resultados favoráveis nas conversas (com o G5+1), mas com o levantamento das sanções ilegais impostas ao Irã pelo Ocidente", segundo a agência oficial iraniana, Irna.

O deputado também disse que o Irã tem direito a enriquecer urânio, inclusive acima de 20% de pureza que alcança agora, para as necessidades de seu programa nuclear, o qual, insistiu, é civil e pacífico.

Boruyerdi lembrou que o artigo 4 do Tratado de Não-Proliferação (TNP) nuclear, assinado por Teerã, permite a todos seus signatários o enriquecimento de urânio, por isso que o Irã não cessará esta atividade, apesar das pressões internacionais.

Segundo Boruyerdi, nos dois dias de reuniões entre o Irã e o G5+1 (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia mais Alemanha), Teerã reivindicou que os direitos nucleares iranianos fossem "reconhecidos tal como aparecem no artigo 4 do TNP", o que "não foi aceito nem rejeitado pela outra parte".

O país defendeu, além disso, a fábrica subterrânea de processamento nuclear de Fordo, cuja segurança justificou pelas "frequentes ameaças dos inimigos" de atacar alvos do programa atômico do Irã, em referência a Israel e EUA.

A chefe de Política Externa da União Europeia e coordenadora do G5+1, Catherine Ashton, e o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Saeed Jalili, permanecerão em contato para decidir o lugar e a data da próxima reunião, acrescentou Boruyerdi.

"Ficou claro que as posturas do Irã e o 5+1 seguem sendo distantes", disse Ashton ontem, ao término dos encontros de Almaty, que precisou que as delegações das potências manterão agora consultas com suas respectivas capitais para decidir os próximos passos.

Ashton destacou que foi a primeira vez que ambas as partes analisaram abertamente e em profundidade todos os aspectos da questão nuclear do Irã.

A líder defendeu as sanções internacionais a Teerã e ressaltou que seu objetivo é, precisamente, exercer pressão sobre a República Islâmica para que o processo avanço e conseguir uma solução à questão atômica do país.

EFE   
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