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Oriente Médio

Iêmen: 27 pessoas são mortas a tiros em protesto em Sanaa

19 set 2011 - 15h29
(atualizado às 16h26)
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Vinte e sete pessoas morreram nesta segunda-feira em Sanaa pela brutal repressão das forças de segurança iemenitas contra manifestantes que pediam a saída do presidente Ali Abdallah Saleh, anunciaram os organizadores dos protestos.

Este número eleva para 53 o número de "mártires" assassinados em Sanaa desde domingo, afirmou o comitê. Em um comunicado recebido pela AFP, a organização acrescentou que 942 pessoas foram feridas a tiros em dois dias, e 47 delas ainda estão em estado grave. Um registro anterior, obtido de fontes médicas, indicou que 20 pessoas foram mortas em Sanaa e duas em Taez, no sudoeste da capital.

Uma fonte médica disse à AFP que em Taez "quatro manifestantes mortos a tiros foram levados ao hospital Al-Raudha" da cidade. O partido de oposição islamita Al-Islah indicou que três de seus membros morreram nesta segunda-feira em um ataque das forças de segurança contra uma de suas sedes em Sanaa.

Testemunhas contaram que um soldado morreu e quatro outros ficaram feridos por um obus na entrada do hospital Al-Jumhuriya durante um confronto com os militares do general Ali Mohsen al-Ahmar, que se uniu ao movimento de contestação em março.

Um oficial dissidente, o comandante Khaled Abdelwali, também foi morto por um atirador na entrada da Praça da Mudança, contou à AFP uma fonte do hospital de campanha na praça, epicentro da contestação.

As 20 salas de operações de cinco hospitais da capital estão lotadas, faltam equipamentos médicos, além de ambulâncias serem impedidas de transportar as vítimas, afirmou o comitê da revolta. As forças de segurança e homens armados, partidários do regime, atacaram os manifestantes com armamento pesado, artilharia antiaérea e obus.

Dezenas de atiradores se posicionaram ao redor da Praça da Mudança e na rua Al-Zubeiri, tomada na noite de domingo pelos manifestantes, segundo comunicado. A organização pede que os países "irmãos e amigos" e a comunidade internacional assumam suas "responsabilidade morais" frente à violência provocada pela "família (do presidente) Saleh, que se tornou um perigo para a região". "Só aceitaremos a saída imediata de Ali Abdullah Saleh e seus homens do poder", disse a organização.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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