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Oriente Médio

Hezbollah não vislumbra fim para guerra na Síria e vê risco de divisão no Oriente Médio

21 mai 2015 - 16h11
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O grupo libanês Hezbollah acredita que o Oriente Médio corre o risco de uma divisão e não vislumbra um fim para a guerra na Síria, onde luta ao lado do presidente, Bashar al-Assad, contra os insurgentes apoiados por seus inimigos regionais.

Vice-líder do Hezbollah Qassem concede entrevista à Reuters em Beirute.  21/5/2015.
Vice-líder do Hezbollah Qassem concede entrevista à Reuters em Beirute. 21/5/2015.
Foto: Aziz Taher / Reuters

Sheikh Naim Qassem, vice-líder da organização apoiada pelo Irã, disse que os insurgentes não conseguirão depor o governo de Assad, apesar de suas vitórias recentes, incluindo a captura de Palmira esta semana pelos jihadistas do Estado Islâmico.

Em entrevista à Reuters, Qassem afirmou que os aliados de Assad – Irã, Rússia e o Hezbollah – irão respaldá-lo “por mais tempo que isso leve”. Não pode haver solução para a guerra sem Assad, e já é hora de “os árabes e o mundo” perceberem isso, acrescentou o clérigo de turbante branco nas instalações do Hezbollah em Beirute.

O Hezbollah tem sido um aliado crucial de Assad no conflito de mais de quatro anos, enviando seus combatentes para ajudá-lo a manter territórios e continuar no poder. O grupo libanês, que também é um partido islâmico xiita com uma facção armada poderosa, descreve seu papel como parte de uma luta contra jihadistas que representam uma ameaça crescente para a região.

A instabilidade regional vem sendo alimentada pela rivalidade entre o governo islâmico xiita do Irã e o reinado sunita conservador da Arábia Saudita, um dos principais patrocinadores da insurgência contra Assad.

Qassem disse que a política saudita tem culpa em conflitos regionais, como o mais recente a surgir no Iêmen, e acusou Riad de ter “dois pesos e duas medidas”, apoiando islâmicos sunitas radicais, ou “takfiris”, em todo o Oriente Médio enquanto procura eliminá-los em casa. Ele também culpou Washington, afirmando que os Estados Unidos estão esperando para ver como as coisas correm ao invés de adotar políticas claras.

(Por Samia Nakhoul, Tom Perry e Laila Bassam)

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