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Oriente Médio

Hamas não se comprometerá com medidas unilaterais de Israel

Segundo porta-voz do movimento, Israel "deve escolher que preço quer pagar: o preço de ficar em Gaza, o preço de se retirar ou o preço da negociação"

2 ago 2014 - 18h21
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Um porta-voz do movimento islamita Hamas assegurou neste sábado que suas forças não estarão comprometidas em manter a paz caso Israel decida deixar Gaza e encerrar a ofensiva Limite Protetor de maneira unilateral.

"Os militantes do Hamas no terreno decidirão como responder a essa decisão. Não nos veremos comprometidos em nada", disse Sami Abu Zuhri em declarações à agência palestina "Ma'an". Israel "deve escolher que preço quer pagar: o preço de ficar em Gaza, o preço de se retirar ou o preço da negociação", acrescentou.

Após 26 dias de operação militar, a imprensa israelense chegou a anunciar que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu poderia encerrar a ofensiva militar em Gaza de forma unilateral, ou seja, sem chegar a um acordo com o Hamas com mediação do Egito, que entre hoje e amanhã recebe delegações palestinas com vista nas negociações.

Fontes do governo israelense, citadas pelos principais jornais locais, afirmaram que Israel não enviará delegações ao Cairo e que sua política será a de devolver "calma por calma". Abu Zuhri assegurou que Israel não pode destruir todo o arsenal do Hamas, muito menos todos os túneis, e, por isso, "a vitória da qual (Netanyahu) fala é virtual".

"Estamos preparados para todas as opções", declarou o porta-voz islamita. Posteriormente, em discurso na sede do Ministério da Defesa de Israel, Netanyahu disse que seu governo não encerrará a operação militar Limite Protetor, iniciada no último dia 8 de julho, mas que esta se baseará "exclusivamente" nos princípios de segurança de seu país, o que acabou sendo interpretado como uma possível retirada de suas forças.

A principal condição do Egito para exercer a função de mediador entre as partes consistia em um possível cessar-fogo, embora Israel tenha afirmado que não respeitará mais nenhuma trégua.

"Já vimos o que é negociar com o Hamas nas últimas seis vezes (de cessar-fogo). Também não vamos os premiar com um acordo", disse hoje à agência Efe uma fonte do escritório do primeiro-ministro ao descartar um possível pacto com o movimento islamita, que, por outro lado, exige o fim do bloqueio de sete anos à faixa.

EFE   
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