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Oriente Médio

Hamas esconde foguetes em escola e expõe civis, diz ONU

A descoberta reforça o argumento de Israel de que o grupo faz civis palestinos de “escudos humanos”

23 jul 2014 - 10h31
(atualizado às 13h37)
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Crianças palestinas se abrigam em prédio de escola protegida pela ONU, em Gaza
Crianças palestinas se abrigam em prédio de escola protegida pela ONU, em Gaza
Foto: Mohammed Salem / Reuters

As afirmações de Israel de que o Hamas está usando cidadãos palestinos como “escudos humanos” ganharam força na imprensa internacional após a descoberta de foguetes do grupo palestino escondidos no prédio de uma escola vazia em Gaza. A instituição fica entre outras duas que estão sendo usadas como abrigos pela ONU. As informações são do Daily Mail.

A descoberta  foi divulgada pela Agência de Obras Públicas e Socorro das Nações Unidas (em inglês, UNRWA). Segundo relatado, os foguetes foram encontrados entre duas escolas que hospedam cerca de 1.500 pessoas deslocadas – entre elas, várias crianças.  

A agência afirmou em um comunicado que “está buscando todas as medidas possíveis para a remoção dos objetos, a fim de preservar a segurança dos civis”. Além disso, a UNRWA vai lançar uma investigação abrangente sobre as circunstâncias que cercam o incidente.

Israel vem argumentando que a morte de mais de 600 palestinos na Faixa de Gaza se deve, em grande parte, pelo fato de o Hamas se esconder (e guardar seus armamentos) em áreas civis, forçando o Exército de Israel a bombardear tais áreas. Enquanto isso, os árabes acusam os israelenses de crimes contra a humanidade e de guerra.

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse nesta quarta-feira, em uma reunião extraordinária do Conselho de Direitos Humanos da Organização, sobre a ofensiva israelense, que Israel pode ter, possivelmente, cometido crimes de guerra e pediu para que haja uma investigação. Mas, ela também denunciou ataques do movimento islamita Hamas contra zonas civis.

"Existe uma alta possibilidade de que o direito humanitário internacional tenha sido violado, o que pode constituir crimes de guerra", disse Pillay. 

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Fonte: Terra
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