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Oriente Médio

Hamas acusa Israel de estar por trás de ataque no Sinai

7 ago 2012 - 11h58
(atualizado às 12h32)
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Em entrevista à rede de televisão Al-Aqsa, primeiro-ministro do governo do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, acusou Israel de ter orquestrado o ataque registrado no domingo passado em ambos os lados da fronteira entre Israel e Egito, no qual morreram 16 soldados egípcios e vários agressores. Segundo Haniyeh, o objetivo de Israel é "criar uma situação de permanente tensão na fronteira entre Egito e os territórios palestinos, assim como solapar os esforços de aproximação entre as duas partes".

Ismail Haniyeh participou de uma oração em frente à sede da embaixada egípcia em Gaza na segunda-feira
Ismail Haniyeh participou de uma oração em frente à sede da embaixada egípcia em Gaza na segunda-feira
Foto: Reuters

"Queremos assegurar que a segurança do Egito é a segurança de Gaza e Palestina. É impossível que nenhum palestino esteja envolvido na instigação ou no assassinato de nossos irmãos egípcios", assinalou, ao descartar as informações que dizem que os agressores poderiam ter saído do território palestino.

Meios de imprensa locais informaram que dezenas de manifestantes se concentraram nesta terça-feira em frente à Embaixada israelense no Cairo para exortar o governo egípcio a suspender toda relação com Israel. O protesto acontece depois que a Irmandade Muçulmana, que chegou ao poder no Egito após a queda de Hosni Mubarak, acusou o Mossad, o serviço de inteligência israelense no exterior, de estar por trás do ataque do domingo.

O Conselho Supremo das Forças Armadas egípcias assegurou em outro comunicado que vingará o mais rápido possível as mortes dos egípcios, que receberam os disparos de supostos terroristas perto da passagem de Rafah, que liga Egito e o território palestino da Faixa de Gaza.

Fontes militares israelenses já tinham alertado que um grupo islamita preparava um novo atentado na fronteira do Sinai, palco nos últimos meses de diferentes ataques contra policiais e gasodutos, atos de contrabando e sequestros.

EFE   
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