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Oriente Médio

Grande rabino acusado de corrupção se afasta temporariamente de suas funções

23 jun 2013 - 09h04
(atualizado às 09h16)
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O grande rabino ashkenazi de Israel, Yona Metzger, atualmente sob prisão domiciliar, abandonou temporariamente suas funções neste domingo como principal responsável dos Tribunais Rabínicos e como presidente do Conselho Rabínico nacional, após a divulgação da notícia que é investigado por graves delitos de corrupção e lavagem de dinheiro.

Meztger, que não deverá renunciar até que seja acusado formalmente perante os tribunais, está desde quinta-feira sob prisão domiciliar e sobre ele pesa também uma ordem judicial de 15 dias que lhe proíbe de entrar em seu escritório.

Em carta à ministra da Justiça, Tzipi Livni, e ao ministro de Assuntos Religiosos, Naftalí Benet, o rabino informa que se afasta temporariamente de suas funções até que seu caso seja esclarecido.

Um dos rabinos mais populares do país por sua abertura e posturas moderadas, o líder religioso era investigado há semanas no mais absoluto segredo, mas na quinta-feira foi convocado a uma delegacia na qual foi interrogado durante dez horas.

Pela noite, voltou para casa sob condição de prisão domiciliar até a próxima terça-feira, embora a polícia possa requerer uma ordem que prolongue essa situação.

Segundo a investigação, nos últimos anos Metzger teria embolsado centenas de milhares de dólares em troca de favores e recomendações pessoais, dinheiro que tramitava através de várias associações e fundações benéficas que depois lhe devolviam cerca da metade das somas recolhidas.

O dinheiro teria sido empregado na compra de apartamentos que eram registrados em nome de parentes de Metzger, suspeita a polícia.

Metzger já foi investigado antes de ser grande rabino por outros delitos relacionados com a prestação de serviços religiosos em troca de remuneração econômica.

Nesse caso se descobriu que cobrava para celebrar casamentos, uma função que já estava dentro de suas atribuições como rabino do distrito norte de Tel Aviv e pelas quais, portanto, estava recebendo duas vezes.

O líder espiritual, que já representou Israel diversas vezes em conferências internacionais de caráter religioso, nunca chegou a ser processado.

EFE   
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