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Oriente Médio

Grã-Bretanha defende armar rebeldes sírios após relato de ataque químico

20 mar 2013 - 15h49
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A Grã-Bretanha disse nesta quarta-feira que os relatos de um ataque químico na Síria reforçam a tese de relaxamento de um embargo de armas da União Europeia no país, e advertiu que não fazer isso pode levar a um massacre como ocorrido na guerra da Bósnia.

Grã-Bretanha e França estão pressionando para que a proibição da UE seja suavizada para permitir um fluxo de armas para os rebeldes que travam um levante de dois anos contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, mas vários países da UE e a Rússia se opõem ao movimento.

"O presidente francês está preocupado e eu estou preocupado que nós não deveríamos estar sob restrições por meses e meses quando não sabemos exatamente o que pode acontecer na Síria, incluindo os relatórios muito preocupantes de uso de armas químicas", disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron, ao Parlamento.

Na terça-feira, o governo da Síria e as forças rebeldes se acusaram mutuamente de lançar um ataque químico, perto da cidade de Aleppo, que matou 25 pessoas. As potências ocidentais dizem que estão investigando se armas químicas foram usadas.

O embargo de armas faz parte de um pacote de sanções contra a Síria, que expira em 1 de junho, mas a Grã-Bretanha e a França têm pressionado para rever a proibição antecipadamente.

Ambos os países tentaram em vão convencer os líderes da UE a relaxar o embargo em uma reunião do Conselho Europeu na semana passada, e chanceleres da UE devem discutir a questão ainda neste fim de semana.

"Eu senti, (enquanto estava) sentado na reunião do Conselho Europeu, que houve uma ligeira semelhança entre alguns dos argumentos que estão sendo feitos sobre não colocar mais armas na Síria, que me pareceram muito familiares às discussões que tivemos sobre a Bósnia, e os terríveis acontecimentos que se seguiram", disse Cameron.

Acredita-se que Assad tem um arsenal de armas químicas. As autoridades sírias nem confirmam e nem negam, mas já disseram que se esse arsenal existisse, seria usado para se defender contra ataques estrangeiros, e não contra os sírios. Não houve relatos anteriores de armas químicas nas mãos de insurgentes.

(Reportagem de Mohammed Abbas)

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