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Oriente Médio

Governo de coalizão palestino promoverá a paz, diz Abbas

30 nov 2011 - 16h22
(atualizado às 17h29)
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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, assegurou nesta quarta-feira à líder da oposição israelense e ex-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, em encontro realizado em Omã, na Jordânia, que o governo de coalizão palestino se comprometerá em promover a paz.

"O gabinete que será formado por tecnocratas e independentes estará comprometido com meus princípios, especialmente com a existência dos dois estados, o fim da violência e o cumprimento dos acordos assinados no passado", afirmou Abbas, segundo a agência oficial de notícias palestina Wafa. O encontro entre os dois é o primeiro realizado entre o presidente da ANP e uma autoridade israelense desde que Abbas abandonou o diálogo de paz promovido por Washington em setembro de 2010, após Israel se negar a interromper a expansão de colônias judaicas em território palestino.

Na semana passada, ele se reuniu no Cairo com o líder do Hamas, Khaled Meshaal, para avançar nas negociações para a formação do governo da Cisjordânia (controlada pelo Fatah) e de Gaza (dominado pelo Hamas), que ficará no poder até a realização de eleições gerais e presidenciais em maio de 2012. As autoridades israelenses são contra a participação do Hamas no gabinete, considerado por Israel, EUA e UE como um grupo terrorista.

A comunidade internacional exige que o Executivo palestino se oponha à luta armada e que reconheça Israel e os acordos de paz assinados no passado, três condições difíceis de serem aceitas pelo Hamas. O grupo islâmico tem como princípio básico a resistência armada e a destruição de Israel.

Abbas anunciou nesta semana, em Viena, que as eleições gerais serão realizadas em 4 de maio de 2012. O líder disse ainda que o Hamas está disposto a aceitar uma Palestina com as fronteiras de 1967 (posteriores à Guerra dos Seis Dias), embora duvide que a organização reconheça Israel.

Em seu encontro com Tzipi, Abbas também conversou sobre o pedido feito à ONU para que a organismo reconheça o estado palestino. O presidente da ANP explicou que a medida não tem intenção de isolar Israel e que é o único caminho para a existência pacífica dos dois estados.

EFE   
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