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Oriente Médio

Governo da Síria acusa rebeldes do uso de armas químicas perto de Damasco

24 ago 2013 - 12h10
(atualizado às 12h30)
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O regime sírio acusou neste sábado os rebeldes de usarem armamento químico na periferia de Damasco, o que provocou pelo menos 20 casos de asfixia entre os soldados governamentais, segundo as Forças Armadas sírias.

Em comunicado, uma fonte militar assegurou que soldados sírios "tiveram contato com elementos químicos e sofreram asfixia" quando entravam em refúgios dos rebeldes em Yobar, na periferia de Damasco.

"Uns 20 soldados foram transferidos com urgência para um hospital após terem inalado agentes químicos em Yobar, alguns deles estão em estado crítico", afirmou a fonte.

Além disso, o Exército teria descoberto remédios de uma companhia farmacêutica germânico-catariana contra a inalação de agentes químicos, assim como várias máscaras de gás.

Em um armazém que supostamente pertence aos rebeldes, os soldados descobriram barris com o rótulo de "Feito na Arábia Saudita", informou a fonte, que acrescentou que uma unidade do Exército esteve na área onde ocorreram os casos de asfixia.

Neste momento, acontecem duros enfrentamentos no lugar, acrescentou o comunicado.

A acusação do regime aconteceu pouco depois da chegada hoje em Damasco da representante da ONU para Assuntos de Desarmamento, Angela Kane, para tentar convencer as autoridades sírias a permitirem o acesso imediato dos inspetores da ONU à região do suposto ataque com armas químicas na periferia da capital esta semana.

Angela chegou a Damasco através da uma estrada que une esta cidade com Beirute e entrou em seu hotel sem dar declarações à imprensa, disseram à Agência Efe fontes oficiais.

A representante da ONU deve se reunir com urgência com altos cargos do governo, a quem vai pedir permissão imediata para a entrada da missão das Nações Unidas que investiga se houve uso de armas químicas no subúrbio de Guta Oriental, onde teriam morrido mais de 1,3 mil pessoas segundo a oposição.

Até o momento, as autoridades sírias, que negaram imediatamente a responsabilidade por esses fatos, não ofereceram uma resposta às reivindicações da comunidade internacional para que se permita o acesso dos investigadores da ONU ao local.

EFE   
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