General do Irã ameaça destruir Israel em caso de ataque
9 nov2011 - 08h40
(atualizado às 08h49)
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O chefe de Estado-Maior adjunto das Forças Armadas iranianas, o general Masud Jazayeri, ameaçou destruir Israel se o Estado hebreu atacar as instalações nucleares do Irã.
"O centro (nuclear israelense) de Dimona é o local mais acessível para o qual podemos apontar e temos capacidades ainda mais importantes. Ante a maior ação de Israel, veremos sua destruição", advertiu o general Jazayeri, citado pela televisão iraniana em idioma árabe Al Alam.
O presidente israelense Shimon Peres advertiu no domingo que a possibilidade de um ataque militar contra o Irã é maior que a de uma ação diplomática. "A possibilidade de um ataque militar contra o Irã parece mais próxima que a opção diplomática", afirmou o presidente em declarações ao jornal Israel Hayom.
"Não acredito que já tenha sido tomada uma decisão a respeito, mas dá a impressão de que os iranianos vão se aproximando da bomba atômica", acrescentou Peres. "Não temos que revelar nossas intenções ao inimigo", explicou.
O procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, e o diretor do FBI, Robert Mueller, anunciaram no dia 11 de outubro o que foi chamado de "atentados hollywoodianos" vinculados ao Irã. O plano incluiria o assassinato do embaixador saudita nos EUAs e ataques a bomba contra as embaixadas saudita e israelense em Washington
Foto: AFP
O embaixador saudita nos EUA, Adel al-Jubeir, seria o principal alvo do suposto complô iraniano para realizar ataques em território americano. Arábia Saudita e Irã são inimigos ferozes em um longo conflito político alimentado por rivalidades sectárias no Oriente Médio. São grandes as chances do plano terrorista aumentar a tensão entre os países árabes
Foto: Reuters
O plano terrorista já era do conhecimento do presidente Barack Obama desde junho. Os EUA o descobriram através de um complô no qual um agente secreto americano no México se passou por um narcotraficante que realizaria o atentado em troca de uma quantia de US$ 1,5 milhão que seriam pagos por dois terroristas
Foto: AFP
Mansor Arbabsiar, 56 anos, naturalizado americano, foi detido no dia 29 de setembro ao voltar do México, após várias reuniões com o falso narcotraficante (o agente americano). Mansor e Gholam Shakuri, membro do grupo de elite militar Al-Qods, com base no Irã - ele permanece foragido -, prepararam um ataque que poderia ter terminado com a explosão de uma bomba em Washington
Foto: AFP
No mesmo dia do anúncio do complô, o Irã respondeu às acusações feitas pelos americanos. Em nome do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, seu conselheiro de imprensa, Ali Akbar Javanfekr, rechaçou o envolvimento. Diversas autoridades também disseram que os EUA pretendem dividir os países muçulmanos para desviar a atenção de seus próprios problemas internos
Foto: AFP
Um dia após o anúncio, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, classificou o suposto plano como uma "perigosa escalada" do governo iraniano no uso de violência política e de apoio ao terrorismo. Ela pediu que outras nações se juntem aos EUA para condenar a ameaça à paz e à segurança internacionais". Segundo ela, o Irã deve "ser responsabilizado" no caso