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Oriente Médio

Israel adota novas medidas contra terrorismo judeu

Governo determinou rigor em apuração do incêndio que matou um bebê palestino na última sexta-feira

2 ago 2015 - 15h50
(atualizado às 20h53)
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O gabinete de segurança de Israel realizou neste domingo uma reunião para tratar do ataque ocorrido na sexta-feira passada na cidade de Duma, na Cisjordânia, no qual um bebê de 18 meses morreu queimado, e decidiu adotar medidas inéditas para combater o terrorismo judeu.

Restos da casa onde um bebê de 18 meses morreu queimado
Restos da casa onde um bebê de 18 meses morreu queimado
Foto: (AFP)

Em comunicado divulgado por seu escritório, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informa que os membros desse gabinete consideram o incêndio e assassinato em Duma um ato de terrorismo em todos os aspectos. Ele orientou as autoridades envolvidas a empregar todos os meios necessários para levar os responsáveis à Justiça e impedir incidentes semelhantes.

A nota acrescenta que o órgão do Executivo israelense, integrado por ministros que recebem assessoria de altos comandantes da Defesa e diferentes aparatos de segurança, "aprovou as recomendações profissionais para aplicar todos os passos e ferramentas necessárias para este propósito, entre eles, o uso de detenção administrativa nos casos apropriados, e com a aprovação da Procuradoria Geral".

O texto diz ainda que o gabinete instruiu que seja apresentada no parlamento (Knesset) uma proposta de lei antiterrorista, que inclua este tipo de terrorista.

Na reunião também foi estabelecida a criação de uma equipe ministerial liderada pelo titular da Defesa, Moshe Yaalon, e com a participação dos ministros de Interior e Justiça, com capacidade de acesso e assessoria ao gabinete sobre as ações necessárias para lutar contra este tipo de "incidente terrorista".

De acordo com o jornal "Ynet", entre as medidas que o Shabak recomendou ao Executivo, está a colocação de pulseira eletrônica nos suspeitos e condenados de atos de terrorismo judeu.

Perante as críticas de suposta conivência com este tipo de atuação protagonizada por colonos e simpatizantes de direitas há anos, o Executivo de Netanyahu tentou silenciá-las mostrando "tolerância zero" com este tipo de ataque.

Atualmente, Israel aplica a detenção administrativa somente a palestinos e sua eventual implantação a israelenses evidencia a frustração das autoridades para lidar com os autores de crimes como o da sexta-feira.

Ontem, milhares de israelenses se concentraram nas principais cidades do país para condenar o brutal assassinato e exigir o fim da impunidade com a qual atuam os colonos.

EFE   
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