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Oriente Médio

Francesa recupera na Turquia filha levada por pai jihadista

A mãe e a menina retornam para a França nesta terça-feira

2 set 2014 - 18h50
(atualizado às 18h50)
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<p>Rhaiem participa de coletiva de imprensa, em 22 de março de 2014, em Lyon, para chamar atenção das autoridades francesas quanto ao rapto da filha pelo marido, um suposto jihadista</p>
Rhaiem participa de coletiva de imprensa, em 22 de março de 2014, em Lyon, para chamar atenção das autoridades francesas quanto ao rapto da filha pelo marido, um suposto jihadista
Foto: JEFF PACHOUD / AFP

Uma francesa encontrou na Turquia a filha de dois anos que tinha sido levada pelo pai, um suposto jihadista que teria viajado com a intenção de se juntar a combatentes na Síria, informou um funcionário do ministério do Interior.

A mãe, Mériam Rhaiem, de 25 anos, e a criança devem voltar para a França nesta terça-feira à noite a bordo de um avião fretado pelo Ministério do Interior francês, segundo a fonte.

O pai foi preso na semana passada na Turquia na companhia de sua filha, Assia, e está sob custódia.

Em março, Rhaiem havia feito um apelo para que as autoridades francesas reconhecessem a condição de refém de sua filha de 23 meses, que seu marido teria levado para a Síria com a intenção de lutar ao lado de um grupo jihadista.

A jovem garantiu que seu marido, que é alvo de um mandado de prisão internacional, pretendia viajar para a Síria. Rhaiem já tinha dado entrada em um processo de divórcio.

Em 14 de outubro de 2013, o pai da menina não entregou a criança à mãe depois de passar o dia com Assia, como acontecia toda segunda-feira. Ele deixou a França de carro em direção à Turquia, de onde telefonava com frequência exigindo que a esposa se juntasse a ele.

Segundo Rhaiem, ele também anunciou a sua intenção de atravessar a fronteira síria com sua filha para se juntar à Frente Al-Nosra, grupo jihadista que combate o regime de Bashar al-Assad.

De acordo com Gabriel Versini-Bullara, advogado de Rhaiem, seu marido se "radicalizou após uma viagem a Meca", exigindo, por exemplo, que ela usasse o véu e proibindo que trabalhasse ou que ouvisse música.

Como muitos países europeus, a França enfrenta um aumento de candidatos à jihad na Síria. Uma fonte ligada a esses casos, estimou em mais de 900 o número de pessoas englobando aquelas que teriam viajado, estariam em trânsito ou teriam a intenção de combater no país árabe.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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