Foto viralizou: US$ 144 mil são arrecadados para refugiado

A imagem de um homem vendendo canetas nas ruas de Beirute com a filha adormecida em seu colo foi compartilhada milhares de vezes pela internet. Assim como tantas outras que são de partir o coração. Porém, desta vez, a história terminou com um final feliz e um saldo de, até o momento, aproximadamente US$ 144 mil (cerca de R$ 515 mil). As informações são do The Independent. 

Por meio de um financiamento coletivo e mobilização pelas redes sociais, Gissur Simonarson, que se descreve como um ativista, conseguiu arrecadar o dinheiro para o homem da foto, que ganhou nome e história.

Abdul é um pai solteiro e tem duas filhas, uma delas é Reem, de apenas quatro anos, e quem aparece sendo carregada na foto. A família palestina seria do campo de refugiados de Yarmouk, em Damasco, na Síria.

A história impulsionou um crowdfunding que, em apenas meia hora, fez o ativista Simonarson soltar uma atualização: “nós alcançamos a meta de US$ 5 mil (aproximadamente R$ 17.900) nos primeiros 30 minutos. Isso nunca foi considerado o final, é apenas o começo. Vamos nos certificar que Abdul e Reem possam começar uma nova vida”.

Assim, em três horas foram levantados U$ 15.260 (aproximadamente R$ 54.600), três vezes o valor original.

E tudo começou quando Gissur Simonarson postou a foto em seu Twitter: “pai sírio vendendo canetas nas ruas de #Beirut com sua filha adormecida #Líbano #Síria”

Syrian father selling pens in the streets of #Beirut with his sleeping daughter #Lebanon #Syria pic.twitter.com/KOz4mjW1rd

— Gissur Simonarson CN (@GissiSim) 25 agosto 2015

Mas ele não contava que a postagem receberia tantos pedidos para que ele ajudasse a família. “Recebi muitos pedidos para ajudar este homem e sua filha. Alguém conhece pessoas em Beirut que poderiam localizá-lo? #CompreCanetas”

Gotten a lot of requests to help this man and his daughter. Anyone know people in Beirut able to locate him? #BuyPens pic.twitter.com/KOz4mjW1rd

— Gissur Simonarson CN (@GissiSim) 25 agosto 2015

Para ajudar na busca, o ativista criou a conta #BuyPens (Compre Canetas, em tradução livre) e após 30 minutos, foi contatado por uma pessoa que via o vendedor todos os dias perto de sua casa. A identidade da dupla chegou 24 horas depois e o ativista decidiu iniciar um financiamento coletivo para ajudar a família.

Gissur Simonarson contou ao jornal que está “em contato com uma unidade especial de proteção da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para leva-los a um local seguro e ter certeza que não irão tirar vantagem dele”. “Estou também considerando criar algum tipo de financiamento que lhe daria uma renda mensal, assim ele não terminaria com uma sacola de dinheiro e sem saber o que fazer”, terminou.