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Oriente Médio

Forças pró-Assad mantêm avanço com tomada de bairro de cidade estratégica

29 jul 2013 - 20h25
(atualizado às 20h28)
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O regime sírio retomou nesta segunda-feira um bairro-chave de Homs, terceira maior cidade da Síria e um dos símbolos da revolta, ao término de uma violenta ofensiva de um mês contra os rebeldes, em um novo êxito militar para Bashar al-Assad.

Militantes contrários ao governo afirmaram à AFP que o regime controla 90% do bairro de Khaldiyé.

Esta foi a segunda vitória militar para o regime em menos de dois meses. No dia 5 de junho, o Exército havia tomado Qousseir (centro-oeste), cidade da província de Homs que estava em poder dos rebeldes há um ano.

A queda de Khaldiyé é um duro revés para os rebeldes, que dominavam o bairro desde setembro de 2011. Seu maior recuo nesta cidade ocorreu em março de 2012, quando o Exército retomou o controle de Baba Amr, um outro bairro símbolo da rebelião.

"Queda da 'cidadela' dos terroristas em Khaldiyé. Somos cada vez mais vitoriosos", anunciou por volta de meio-dia a rede de televisão estatal, exibindo imagens de soldados brandindo suas armas e agitando a bandeira síria.

A tomada de Khaldiyé, um reduto da rebelião, significa que o regime está apenas a algumas áreas de retomar totalmente a cidade. Um oficial afirmou à rede de televisão pública que o Exército vai "perseguir os terroristas em todos os outros bairros de Homs".

"A tomada de Khaldiyé facilita (para o Exército) a conquista da Cidade Velha e de outros bairros, como Qoussour. Se Homs cair, o norte da Síria será cortado do sul", ressaltou à AFP o militante de Homs Mahmoud al-Louz, contatado pela internet.

Como Qousseir, Khaldiyé foi submetido a intensos bombardeios diários de artilharia e da aviação do regime. O Exército recebe também o apoio do Hezbollah libanês, grande aliado do governo em sua guerra contra os rebeldes.

Os "combates mais violentos em um mês" foram travados na manhã desta segunda, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que se baseia em uma ampla rede de militantes e fontes médicas na Síria.

"Nós perdemos a batalha, mas não a guerra",afirmou Abu Rami, um militante da cidade.

Por outro lado, os rebeldes vêm registrando avanços no norte, na província de Aleppo, onde tomaram principalmente a cidade de Khan al-Assal, assim como na província de Deraa (sul), com a tomada de localidades e postos militares pelos insurgentes.

Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, o Hezbollah denuncia "o horrível massacre" cometido na semana passada pelos rebeldes em Khan al-Assal e "renova seu apelo ao povo sírio para que sente à mesa de negociações".

O conflito deixou mais de 100.000 mortos, segundo a ONU, sem que uma solução esteja no horizonte.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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