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Oriente Médio

Forças leais ao regime sírio matam 15 civis em ataques diversos

8 nov 2011 - 16h43
(atualizado às 18h07)
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Pelo menos 15 civis morreram nesta terça-feira, entre eles uma adolescente, em diversos ataques no centro e no norte da Síria cometidos pelas forças leais ao regime do presidente Bashar al Assad, informa em comunicado o grupo opositor Comitês de Coordenação Local. O grupo indicou que quatro pessoas morreram na cidade de Homs (centro da Síria), sete na província setentrional de Idlib e quatro em uma localidade da província de Hama (centro).

Em Homs, reduto da oposição, uma jovem de 16 anos morreu vítima de um disparo na cabeça, enquanto um prisioneiro não resistiu à tortura sofrida durante a detenção. Além disso, outro incidente matou um homem e feriu dois de seus irmãos. Também nesta cidade uma mulher perdeu a vida, dois dias após a morte de seu marido, assassinado em confrontos no bairro de Bab Amro, um dos principais focos da revolta.

Há semanas, Homs é alvo de uma forte campanha de repressão que se recrudesceu nos últimos dias, o que levou a oposição síria a pedir à ONU, à Liga Árabe e a organizações de direitos humanos que decretem a cidade uma "zona de desastre" para facilitar o envio de ajuda humanitária. O Conselho Nacional Sírio (CNS), que reúne entidades de oposição a Assad, informou nesta segunda-feira que Homs está sendo bombardeada e que 1,4 mil pessoas morreram na província de mesmo nome desde o início das revoltas populares contra o regime, em março passado.

Já em Idlib, outro foco opositor atingido por frequentes confrontos entre o Exército e supostos militares desertores, pelo menos sete pessoas morreram em diversas localidades da província por disparos das forças de segurança. Alguns dos civis perderam a vida quando assistiam ao funeral de uma vítima de segunda-feira. A cerimônia derivou em uma grande manifestação contra o regime.

Quanto à cidade de Hama, os Comitês de Coordenação Local assinalaram que um dos quatro mortos é um jovem soldado executado pelo regime, após ter ficado preso durante um mês por se negar a atirar contra civis. Essas 15 mortes de civis anunciadas pelos Comitês se somam às mortes de oito policiais e militares - também nesta terça-feira - divulgadas pelo grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos.

De acordo com a entidade, os oito membros das forças de segurança e do Exército sírios foram vítimas de uma emboscada feita por um grupo armado no norte do país, no sul da cidade de Maarat Al Numaan, na província de Idlib. Em todo o país, ao menos 3,5 mil civis foram assassinados pelas forças governamentais, conforme os últimos números divulgados pela ONU nesta terça-feira em Genebra (Suíça).

EFE   
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