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Oriente Médio

Fatah e Hamas acertam reinstaurar governo de unidade em Gaza

A informação foi confirmada por Azzam Al-Ahmad, o chefe da delegação do Fatah, e por Mussa Abu Marzouk, um alto dirigente do Hamas

25 set 2014 - 11h27
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Pessoas aplaudem presidente Azzam Al-Ahmad, o chefe da delegação do Fatah
Pessoas aplaudem presidente Azzam Al-Ahmad, o chefe da delegação do Fatah
Foto: Mike Segar / Reuters

O partido palestino Fatah e o movimento islamita Hamas acertaram nesta quinta-feira, no Cairo, permitir que seu frágil governo de unidade volte a exercer sua autoridade na Faixa de Gaza, informaram à AFP dirigentes dos dois grupos.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, havia acusado o Hamas de manter um governo paralelo em Gaza e de impedir que o governo de unidade nomeado em junho exercesse sua autoridade no território palestino, apesar do acordo de conciliação assinado em abril.

"Fatah e Hamas chegaram a um acordo para uma volta do governo de união na Faixa de Gaza", informou à AFP um membro da delegação do Fatah no Cairo, Jibril Rajub.

A informação foi confirmada por Azzam Al-Ahmad, o chefe da delegação do Fatah, e por Mussa Abu Marzouk, um alto dirigente do Hamas.

Após anos de divisões, o Hamas e a Organização de Libertação da Palestina (OLP), cujo principal membro é o Fatah, assinaram em abril um acordo de reconciliação que em junho deu lugar a um governo de unidade formado por independentes.

Mas após a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, em julho e agosto, a Autoridade Palestina do presidente Mahmud Abbas acusa regularmente o Hamas de impedir este governo de trabalhar em Gaza, enquanto o movimento islamita critica a Autoridade pela falta de pagamento dos salários de seus aproximadamente 45 mil funcionários em Gaza.

O acordo desta quinta-feira é fundamental diante da conferência de doadores que será realizada no dia 12 de outubro no Cairo, já que muitas capitais condicionam sua ajuda para a reconstrução de Gaza à presença de um governo de unidade no enclave palestino, uma vez que o Hamas é considerado pelos Estados Unidos e pela União Europeia como um grupo terrorista.

Este anúncio foi feito depois que palestinos e israelenses concordaram em retomar no fim de outubro suas negociações indiretas para alcançar uma trégua duradoura na Faixa de Gaza, dando continuidade ao cessar-fogo acordado no dia 26 de agosto para colocar fim a 50 dias de guerra.

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