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Oriente Médio

Fatah aprova direito a resistir à ocupação por todos meios

Fatah aprova direito a resistir à ocupação por todos meios

9 ago 2009 - 06h25
(atualizado às 07h41)
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O Congresso do Fatah aprovou nesta madrugada uma cláusula em seu programa político que reconhece o "direito dos palestinos a resistir à ocupação israelense por todos os meios possíveis".

"Estamos determinados a conseguir uma paz justa e continuamos buscando-a, mas não renunciamos a nenhuma outra de nossas escolhas. Achamos que a resistência, com todos os meios possíveis, é um direito legal das nações ocupadas para enfrentar seus ocupantes", assinala o texto.

Um dirigente explicou que a cláusula recebeu o "sim" da arrasadora maioria de delegados na conferência, iniciada na terça-feira passada na cidade cisjordaniana de Belém e que ontem renovou por aclamação a frente do partido ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

O texto apresenta o Fatah como um Movimento de Libertação Nacional que procura acabar com a ocupação israelense e conseguir um Estado palestino independente.

Além disso, ressalta que o movimento criado há quatro décadas por Yasser Arafat mantém seu "principal conflito" com "a ocupação israelense".

"Outros conflitos menores são ainda considerados secundários e podem ser resolvidos mediante o diálogo", acrescenta em referência ao confronto com a outra facção palestina mais importante, o Hamas.

No entanto, a cláusula continua com uma defesa do direito ao uso de "todos os meios possíveis para defender a união nacional, a legitimidade palestina e a decisão independente palestina".

A conferência de Belém, cujo encerramento - inicialmente previsto para quinta-feira passada - foi prorrogado por diferenças entre os delegados, deve votar hoje a renovação dos principais órgãos diretores do Fatah: o Comitê Central, que tem 21 membros, e o Conselho Revolucionário, de 120.

Dois pesos pesados, o ex-primeiro-ministro e atual chefe da equipe negociadora palestina, Ahmed Qorei, e o antigo "homem forte" em Gaza Mohammed Dahlan, disputam o controle dos órgãos de decisão.

Fuontes próximas ao congresso precisaram que não se esperam grandes surpresas na consulta, na qual aparecem como favoritas as candidaturas que apoiam a atual liderança.

Vários analistas apontam, no entanto, para que a "nova guarda" do Fatah será feita com a metade dos assentos no Comitê Central.

Pela primeira vez, haverá um candidato judeu, Uri Davis, ao Conselho Revolucionário, informou ontem a agência palestina Maan.

EFE   
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