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Oriente Médio

Exército sírio controla grande parte de importante bairro de Homs

28 jul 2013 - 13h28
(atualizado às 13h32)
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O Exército sírio, apoiado pelo Hezbollah libanês, controlava neste domingo a maior parte de Khaldiyé, um dos maiores bairros da cidade de Homs (centro), terceira cidade do país chamada de "capital da revolução" pelos rebeldes.

A tomada de Khaldiyé, convertido em um dos símbolos da rebelião contra Bashar al-Assad, significa que o regime só terá diante dele alguns bairros rebeldes na velha Homs antes da queda total da terceira cidade da Síria.

O regime, graças a sua força aérea, sua artilharia e apoiado pelo potente Hezbollah em sua guerra contra os rebeldes, lançou há 29 dias a ofensiva contra os bairros do norte da cidade, esperando reeditar seu êxito militar de Qousseir, bastião insurgente da província de Homs retomado em junho após uma forte resistência de um ano.

A televisão estatal síria anunciou que o Exército tomou quase todo o setor e mostrou imagens de corpos, aparentemente de combatentes, que jaziam entre os edifícios destruídos.

"O Exército e o Hezbollah controlam a maior parte de Khaldiyé, depois de terem avançado nas últimas 24 horas; os combates se concentram atualmente nas periferias norte e sul do bairro", indicou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha.

A rede de televisão pan-árabe Al-Mayadeen, com sede em Beirute e considerada partidária do regime de Damasco, divulgou imagens de prédios destruídos e de ruas totalmente desertas, quase invisíveis devido à grande quantidade de escombros.

No sábado, o Exército se apoderou da mesquita histórica de Khaled Ben Walid, no centro do bairro, segundo o OSDH e os meios de comunicação oficiais. 

Khaldiyé e a Velha Homs estão cercados há mais de um ano pelo Exército e são bombardeados quase diariamente. Em outras partes do país, o balanço de vítimas civis mortas na sexta-feira em um ataque com míssil terra-terra no bairro de Bab Nairab na cidade de Aleppo (norte) subiu para 32 mortos, incluindo 19 crianças, segundo um novo balanço do OSDH. O ataque estava, a princípio, dirigido aos quartéis-generais de combatentes, segundo a ONG, mas o míssil caiu sobre uma casa de civis.

Os combates e bombardeios também seguiam nas províncias de Damasco e de Aleppo. 

No âmbito político, a oposição síria pediu que a ONU revele os detalhes do acordo alcançado com o governo sírio para investigar o eventual uso de armas químicas na guerra, após a visita de dois enviados especiais das Nações Unidas a Damasco nesta semana.

"Algumas regiões onde o regime utilizou armas químicas formam parte das regiões libertadas pelo Exército Sírio de Libertação (ESL) e a investigação da ONU só será completa se os inspetores forem a estes locais", concluiu o comunicado da oposição.

A oposição também condenou neste domingo a "execução coletiva" de dezenas de soldados sírios capturados pelos rebeldes no norte do país e anunciou a criação de uma comissão de investigação.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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