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Oriente Médio

Exército queria fazer vítimas, diz deputada israelense

1 jun 2010 - 11h16
(atualizado às 12h53)
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Hanin Zoabi, a única deputada israelense que estava em um dos navios da frota que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza, disse nesta terça-feira, depois de ser liberada, que o Exército de Israel não pretendia apenas deter as embarcações de forma pacífica, mas fazer vítimas.

Israel divulga vídeo para justificar ataque a barcos:

"Estava claro, pelas dimensões da força com que o Exército de Israel abordou o navio, que seu propósito não era detê-lo, mas causar o maior número de vítimas para impedir futuras iniciativas similares", disse Zoabi, palestina de cidadania israelense, em entrevista coletiva em Nazaré, no norte do país.

A deputada estava a bordo do barco em que pelo menos nove ativistas morreram e dezenas ficaram feridos depois de soldados israelenses terem aberto fogo.

Hanin negou que participantes da frota - cerca de 750 pessoas de diferentes países - tivessem intenções violentas ou tenham provocado os soldados, como argumenta o Governo de Israel.

"Nosso objetivo era quebrar o bloqueio (a Gaza). Não tínhamos planos de entrar em enfrentamento. Israel realizou uma operação militar provocadora", afirmou.

A deputada, que foi interrogada na manhã desta terça-feira e liberada graças a sua imunidade parlamentar, contou que escutou os navios do Exército israelense dispararem durante o ataque à embarcação.

"Não havia nenhum passageiro com paus. De onde eu estava não vi nenhum pedaço de pau ou algo parecido", disse.

A versão de Hanin contradiz a divulgada pelo Exército de Israel, que assegura que os passageiros do barco receberam os soldados israelenses com armas rudimentares com a intenção de linchá-los no momento da invasão do navio.

EFE   
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