O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse nesta quarta-feira que informações de fontes variadas apontam para as forças do presidente Bashar al-Assad como responsáveis pelo uso de armas químicas na Síria.
Falando depois de uma reunião de embaixadores da Otan em Bruxelas, Rasmussen disse que qualquer uso de tais armas é "inaceitável e não pode ficar sem resposta", embora não tenha sugerido qualquer resposta. "Os responsáveis devem prestar contas", insistiu.
"Consideramos o uso de armas químicas como uma ameaça para a paz e segurança internacional", assegurou.
Segundo Rasmussen, tudo indica que o regime sírio está por trás de um ataque que representa uma "clara violação" das normas internacionais e que causou centenas de mortes.
"Condenamos duramente estes ataques vergonhosos, que causaram uma grande perda de vidas", explicou o político dinamarquês em comunicado, no qual ressaltou o apoio aliado à investigação que está sendo feita por uma missão de especialistas da ONU no terreno.
No entanto, Rasmussen acusou o governo sírio de ser diretamente responsável pelo ataque, e deu a entender que o regime de Damasco possui um "arsenal de armas químicas" e que, a priori, está por trás dos acontecimentos.
"As informações disponibilizadas por um amplo leque de fontes apontam o regime sírio como responsável pelo uso de armas químicas nesses ataques", afirmou o secretário-geral da Otan.
A Otan vai continuar analisando de perto a situação na Síria e dando assistência à Turquia na proteção da fronteira sudeste da Aliança, assinalou Rasmussen em referência às baterias de mísseis Patriot que os aliados instalaram há alguns meses em território turco.
A Otan já tinha afirmado em várias ocasiões que o uso de armamento químico na Síria representa uma linha vermelha dentro de um conflito do qual preferiu se manter à distância até agora.
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam