EUA: Rússia concorda que Síria sofrerá consequências se não cooperar
O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta segunda-feira que não serão toleradas "medidas protelatórias" por parte do regime de Bashar al Assad para entregar seu arsenal químico e que em caso de descumprimento "haverá consequências". As declarações de Kerry foram feitas em Paris após encontro com os ministros das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, e do Reino Unido, William Hague.
"Se (o presidente sírio, Bashar al) Assad não cumprir o prazo para cumprir os termos, não se enganem, estamos todos de acordo - e isso inclui a Rússia - que haverá consequências", disse Kerry em entrevista coletiva em Paris com os seus colegas francês e britânico.
Perguntado se Moscou aceitará a ameaça, o chefe da diplomacia americana argumentou que no acordo obtido na semana passada em Genebra com o chanceler russo, Sergei Lavrov, está previsto explicitamente o recurso ao "capítulo 7" das resoluções do Conselho de Segurança da ONU: das sanções em caso de descumprimento.
Kerry, da mesma forma que Fabius e Hague, afirmou que o compromisso para o desmantelamento das armas químicas em mãos de Assad não é incompatível com a estratégia desses três países de fortalecer a oposição da Coalizão Nacional Síria.
"Assad perdeu toda legitimidade para governar seu país e mantemos nosso compromisso com a oposição", disse Kerry, que garantiu, no entanto, que a comunidade internacional seguirá trabalhando para uma solução política".
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