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Oriente Médio

EUA: Irã pode violar resolução da ONU ao lançar macaco ao espaço

28 jan 2013 - 22h43
(atualizado em 29/1/2013 às 00h20)
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O Irã pode ter violado resoluções da ONU se suas afirmações de que enviou com êxito um macaco ao espaço forem verdadeiras, disse nesta segunda-feira a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

"Nossa preocupação com o desenvolvimento por parte do Irã de tecnologia de lançamento de veículos espaciais é, evidentemente, muito conhecida", disse Nuland. A porta-voz não confirmou se o lançamento efetivamente ocorreu.

"Qualquer lançamento de um veículo espacial capaz de colocar um objeto em órbita está diretamente relacionado com o desenvolvimento de mísseis balísticos de longo alcance, assim como de tecnologia de SLV (siglas em inglês para pequeno veículo de lançamento), e todas elas são praticamente idênticas e intercambiáveis", afirmou.

O ministro da Defesa iraniano, Ahmad Vahidi, disse à televisão estatal nesta segunda que seu país tinha dado "um grande passo" para o envio de astronautas ao espaço em 2020 com o lançamento de um macaco em um voo suborbital que havia retornado de forma segura.

O canal em língua árabe Al-Alam e outras agências de notícias iranianas indicaram que o macaco retornou com vida depois de viajar em uma cápsula a uma altitude de 120 quilômetros em um voo suborbital.

"É um grande passo para nossos eespecialistas e para nossos cientistas", comemorou o ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, em declarações à televisão estatal. "Este êxito é o primeiro passo para a conquista do espaço e abre caminho para outros testes", declarou o ministro da Defesa.

Mas Nuland ressaltou que a resolução 1929 da ONU "proíbe o Irã de efetuar qualquer atividade relacionada a mísseis balísticos capazes de transportar armas nucleares, incluindo os lançamentos que utilizam tecnologia de mísseis balísticos".

Os Estados Unidos "seguirão trabalhando em estreita colaboração com seus sócios e aliados" para atender as suas "preocupações em relação ao desenvolvimento de mísseis por parte do Irã", acrescentou.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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